Prólogo
Capítulo 1
Trata como o
Senhor lhe começou a despertar a alma para a virtude na sua infância, e quanto a
isto ajuda os pais serem virtuosos.
Capítulo 2
Diz como foi perdendo estas virtudes e quanto importa, na meninice, tratar com
pessoas virtuosas.
Capítulo 3
Trata como uma boa companhia lhe serviu para
despertar seus desejos e por que modo o Senhor lhe começou a dar
alguma luz sobre o engano que tinha trazido.
Capítulo 4
Diz
como o Senhor a ajudou a convencer-se a si mesma para tomar Hábito e
as muitas enfermidades que Sua Majestade lhe começou a dar.
Capítulo 5
Narra as grandes enfermidades que teve e a paciência que o Senhor
lhe deu e como dos males tirou bens, conforme se verá por uma coisa
que lhe aconteceu neste lugar aonde se foi curar.
Capítulo 6
Trata do muito que ficou a dever ao Senhor por lhe ter dado
conformidade em tão grandes trabalhos e como tomou por medianeiro e
advogado ao glorioso São José e o muito que lhe aproveitou.
Capítulo 7
Trata como foi perdendo as mercês que o Senhor lhe tinha feito e
quão perdida vida começou a ter. Diz os danos que há em não serem
muito enclausurados os mosteiros de monjas.
Capítulo 8
Trata do grande bem que lhe fez não ter deixado de todo a oração
para não perder a alma, e quão excelente remédio é para ganhar o
perdido. Persuade a que todos a tenham. Diz como é grande ganho,
embora a tornem a deixar por algum tempo.
Capítulo 9
Trata por que meios começou o Senhor a despertar a sua alma e a
iluminá-la em tão grandes trevas e a fortalecer a sua virtude para
não O ofender.
Capítulo 10
Começa a declarar as mercês que o Senhor lhe fazia na oração. Como
nos podemos ajudar e o muito que importa que entendamos as mercês
que o Senhor nos faz. Pede a quem envia esta relação da sua vida que
fique no segredo o que escrever daqui em diante, já que lhe mandam
declarar em pormenor as mercês que lhe faz o Senhor.
Capítulo 11
Diz
a razão por que não se ama a Deus com perfeição em breve tempo.
Começa a declarar, por uma comparação, quatro graus de oração. Vai
tratando aqui do primeiro. É muito proveitoso para os que começam e
para os que não têm gostos na oração.
Capítulo 12
Prossegue no assunto deste primeiro grau de oração. Diz até onde
podemos chegar, com o favor de Deus, e o dano que há em querer
elevar o espírito a coisas sobrenaturais, até que o Senhor o faça.
Capítulo 13
Continua a tratar do primeiro grau de oração e dá uns conselhos para
algumas tentações que o demónio apresenta algumas vezes. É muito
proveitoso.
Capítulo 14
Começa a declarar o segundo grau de oração que é o Senhor já fazer
sentir à alma gostos mais particulares. Declara-o para fazer ver
como já são sobrenaturais. É muito para se ter em conta.
Capítulo 15
Prossegue na mesma matéria e dá alguns avisos sobre o modo de
proceder na oração de quietude. Diz como há muitas almas que chegam
a ter esta oração e poucas as que passam adiante. São muito
necessárias e proveitosas as coisas que aqui se dizem.
Capítulo 16
Trata do terceiro grau de oração e vai declarando coisas muito
elevadas, e o que pode a alma que aqui chega, e os efeitos que fazem
estas mercês tão grandes do Senhor. É muito para elevar o espírito
em louvores a Deus e para grande consolação de quem aqui chegar.
Capítulo 17
Prossegue na mesma matéria deste terceiro grau de oração. Acaba de
expor os efeitos que produz. Diz o dano aqui causado pela imaginação
e a memória.
Capítulo 18
Trata do quarto grau de oração. Começa a declarar, de modo
excelente, a grande dignidade a que o senhor eleva a alma que está
neste estado. Serve de estímulo aos que tratam de oração para se
esforçarem a chegar a tão alto estado, pois se pode alcançar na
terra, não pelos próprios merecimentos mas por bondade do Senhor.
Leia-se com atenção, pois é descrito muito delicadamente e apresenta
coisas muito importantes.
Capítulo 19
Prossegue na mesma matéria. Começa a declarar os efeitos produzidos
na alma, neste grau de oração. Aconselha a que não tornem atrás nem
deixem a oração, ainda que, depois desta mercê, tornem a cair. Diz
os danos que há em não se fazer isto. E de grande consolo para os
fracos e pecadores.
Capítulo 20
Trata da diferença que há entre a união e arroubamento. Declara o
que é arroubamento e diz alguma coisa sobre o bem que existe na alma
que o Senhor, pela Sua bondade, faz chegar a Ele. Enumera os efeitos
que produz. É muito para admirar.
Capítulo 21
Prossegue e acaba este último grau de oração. Diz o que a alma sente
por continuar a viver no mundo; e como o Senhor a esclarece dos
enganos deste mesmo mundo. Tem boa doutrina.
Capítulo 22
Trata de quão seguro caminho é para os contemplativos não levantarem
o espírito a coisas altas se o Senhor o não levanta, e como a
Humanidade de Cristo deve ser caminho para chegar à mais alta
contemplação. Fala dum engano em que andou algum tempo. É muito
proveitoso este capítulo.
Capítulo 23
Volta a tratar do discurso da sua vida e diz como começou a tratar
de maior perfeição e por que meios. É proveitoso para as pessoas que
dirigem almas de oração, para que saibam como se hão-de haver nos
princípios e o proveito que lhes faz saberem-nas levar.
Capítulo 24
Prossegue o mesmo assunto e diz como foi progredindo a sua alma,
depois que começou a obedecer e o pouco que lhe aproveitava resistir
às mercês de Deus e como Sua Majestade lhas ia fazendo maiores.
Capítulo 25
Trata da maneira como se entendem estas falas que Deus faz à alma,
sem se ouvirem, e de alguns enganos que pode haver nisso e em que se
conhecerá quando é engano. É muito proveitoso para quem se encontrar
neste grau de oração, porque é muito bem explicado e de grande
doutrina.
Capítulo 26
Prossegue na mesma matéria. Vai declarando e dizendo coisas que lhe
aconteciam e que lhe faziam perder o temor e afirmar que era bom
espírito o que lhe falava.
Capítulo 27
Trata de outro modo com que o Senhor ensina a alma e, sem lhe falar,
lhe dá a entender a Sua vontade de uma maneira admirável. Declara
também uma visão não imaginária e grande mercê que lhe fez o Senhor.
É muito digno de atenção este Capítulo.
Capítulo 28
Trata das grandes mercês que lhe fez o Senhor e como Ele lhe
apareceu a primeira vez. Declara o que é visão imaginária. Diz os
grandes efeitos e sinais que deixa quando é de Deus. É muito
proveitoso este capitulo e digno de se ter em conta.
Capítulo 29
Prossegue o assunto começado e diz algumas grandes mercês que lhe
fez o Senhor e as coisas que Sua Majestade lhe dizia para a
assegurar e para que respondesse aos que a contradiziam. Fala da
transverberação.
Capítulo 30
Retoma a narração da sua vida e diz como o Senhor remediou muito os
seus trabalhos trazendo ao lugar onde ela estava o santo varão Frei
Pedro de Alcântara, da ordem do glorioso S. Francisco. Trata
também de grandes tentações e trabalhos interiores que tinha algumas
vezes.
Capítulo 31
Trata de algumas tentações exteriores e representações que lhe fazia
o demónio e tormentos que lhe dava. Diz também algumas coisas muito
boas para aviso de pessoas que vão a caminho da perfeição.
Capítulo 32
Trata como aprouve ao Senhor pô-la em espírito no lugar do inferno
que por seus pecados tinha merecido. Conta um pouco do que ali se
lhe representou. Começa a tratar da maneira e modo como, se fundou o
mosteiro de S. José onde agora está.
Capítulo 33
Prossegue na mesma matéria da fundação do mosteiro de S. José. Diz
como lhe mandaram que não se metesse nela e o tempo que a deixou e
alguns trabalhos que teve e como neles a consolava o Senhor.
Capítulo 34
Trata como neste tempo foi conveniente que se ausentasse deste
lugar. Diz a causa por que o seu prelado a mandou ir consolar uma
senhora, muito principal, que estava muito aflita. Trata do que ali
lhe sucedeu e diz a grande mercê que o Senhor lhe fez de, por seu
intermédio, mover a uma pessoa para O servir muito, deveras, em quem
ela encontrou depois favor e amparo. É muito para notar.
Capítulo 35
Prossegue na mesma matéria da fundação deste mosteiro do glorioso S.
José e como ordenou o Senhor que se viesse a guardar nele a santa
pobreza. Diz por que voltou de casa daquela senhora em que estava e
algumas outras coisas que lhe sucederam.
Capítulo 36
Prossegue no tema começado e diz como se acabou de concluir e se
fundou este mosteiro de S. José e as grandes contradições e
perseguições que houve, depois de tomarem hábito as religiosas.
Conta os grandes trabalhos e tentações que ela passou e como de tudo
a tirou o Senhor com vitória e em glória e louvor Seu.
Capítulo 37
Trata dos efeitos que lhe ficavam quando o Senhor lhe fazia alguma
mercê. Junta com isto muito boa doutrina. Diz como se há-de procurar
ter em muito o ganhar mais algum grau de glória e que, por nenhum
trabalho, deixemos bens que são perpétuos.
Capítulo 38
Trata dalgumas grandes mercês que o Senhor lhe fez, tanto em
mostrar-lhe alguns segredos do Céu, como outras grandes visões e
revelações que Sua Majestade teve por bem que visse. Diz os efeitos
com que a deixavam e o grande aproveitamento que ficava em sua alma.
Capítulo 39
Prossegue na mesma matéria das grandes mercês que lhe tem feito o
Senhor e como lhe prometeu favorecer as pessoas por quem ela lhe
pedisse. Diz algumas coisas assinalados nas quais Sua Majestade lhe
tem feito este favor.
Capítulo 40
Prossegue na mesma matéria dizendo as grandes mercês que o Senhor
lhe fez. Dalgumas delas se pode tirar muito boa doutrina. Conforme
tem dito, o seu principal intento, depois de obedecer, tem sido de
escrever as mercês que são para proveito das almas. Com este
capítulo acaba a narração que escreveu da sua vida. Seja para glória
do Senhor.
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