Alexandrina de Balasar |
“Escondei-me, purificai-me”« Sinto necessidade de escrever e não queria dizer nada do que me vai na alma. Faço-o por obediência »[1]. Diversas vezes, a Alexandrina tentou parar o seu Diário, não escrever mais nada, não falar mais dos “sentimentos da sua alma” não dar a conhecer o seu “jardim secreto”, mas o seu Director espiritual ordenou-lhe que continuasse, mesmo se isso lhe causasse repugnância. Como sempre, ela obedece e continua portanto a deixar para a posteridade a obra que uma vez bem estudada e posta à disposição de todos aqueles que a amam e admiram, causará novas conversões, conduzirá a Deus — disso estamos convencidos — um grande número de almas que se tornarão ardentes e ávidas de trilharem o mesmo caminho seguido pela “Doentinha de Balasar”. Foi isso mesmo que Jesus lhe disse um dia : « Minha filha, espelho cristalíssimo onde toda a humanidade há-de ver-se e à tua imitação transformar-se »[2]. Ao começar o novo ano ele escreve no seu Diário : « Jesus, quais são os miminhos que de Vós vou receber neste novo ano ? Estou cheia de medo, ou mais ainda, cheia de pavor. Venha o que vier, pelo muito que eu seja ferida, humilhada e abatida, com a Vossa graça divina a tudo direi : “Seja bem-vindo, faça-se a vontade de Jesus ; sou vítima do seu amor, vítima das almas” »[3]. E logo a seguir, no mesmo Diário, esta súplica humilde e fervorosa : « Onde hei-de purificar-me e purificar o mundo a não ser em Vós ? Escondei-me, purificai-me. Fazei-me nascer agora para a graça e para o amor e comigo nascer o mundo, mas de tal forma como se eu nem ele Vos tivesse ofendido ». O dia em que escreve estas linhas é uma quinta-feira. A Alexandrina desabafa, declarando ao mesmo tempo a apreensão que então a invade : « Triste quinta-feira que me dás a sexta ! A minha alma está cansada de tantos sofrimentos, de tanta dor que a espera. Temo as horas que se aproximam, temo a morte. O Céu está revoltado com tanta ingratidão da terra. Temo tudo, mas por tudo quero passar ; quero morrer para dar vida ! » Extraordinária frase aquela que termina o trecho : “Quero morrer para dar vida !” Alexandrina é vítima, vítima que não esquece nunca a sua missão, mesmo se, como ela o diz, ela “teme tudo” ; mas o facto de temer não a impede de “tudo querer passar” : as almas são para ela uma prioridade absoluta. “Minha filha, minha filha, meu paraíso”Alguns meses depois, Jesus, ainda adolescente, apresenta-se à Alexandrina chorando e pede-lhe para que ela o esconda no seu coração, porque os pecados da humanidade o ofendem muito. A Vítima de Balasar vive então a dolorosa Paixão. Jesus acompanha-a durante esta, tornando-se mesmo o seu Cireneu nos momentos mais difíceis. Alexandrina conta : « Pela manhã veio Jesus adolescente buscar-me à prisão, tomou-me pela mão, foi o meu companheiro, o meu Cireneu em todo o caminho do Calvário. Eu ia desfalecida, coberta de suor e sangue, mas sabia que Jesus me acompanhava ; e quando eu caía Ele deitava-me as suas duas mãos santíssimas para levantar-me. Eu recebia aquele benefício como se não fosse feito a mim. A sua divina presença não me aliviava, via só dor, oprimia-me o seu peso e arrastava-me o amor. Cheguei ao Calvário e o mesmo Jesus adolescente infundiu-se em mim, retratou-se no meu corpo e foi comigo crucificado. Oh ! como Jesus sofreu logo desde tão tenra idade. No meio da agonia da morte bradava ao Eterno Pai, sem me lembrar que o Seu divino Filho estava comigo crucificado »[4]. Quando a Paixão terminou, conta ainda Alexandrina : « Jesus uniu novamente os nossos corações, estavam como que colados um ao outro. Eu via da chaga do Coração de Jesus passar para o meu o seu divino Sangue e raios fortíssimos do seu Amor. Só isto foi o bastante para eu me perder e enlouquecer por Ele ». Havia razão para “enlouquecer por Ele”, visto que Jesus, amorosamente e com grande mansidão lhe declara : — « “Minha filha, minha filha, meu paraíso, meu Céu aqui na terra, tabernáculo da minha habitação. Estou mais consolado, cicatrizaste com o teu amor e a tua reparação as feridas dos espinhos que cercam a meu divino Coração. Aceita que é a tua vida, aceita é a vida das almas” »[5]. “Tinha em mim um rochedo imenso”Assim vão passando os meses e mesmo os anos, neste enleio entre Jesus e a sua vítima. Alexandrina continua a sofrer a Paixão todas as sextas-feiras e a receber de Jesus, não só encorajamentos, mas também aquela gota de Sangue divino que dá vida à alma e ao corpo. Em Fevereiro de 1948 ela escreve no seu Diário : « Ontem de tarde foi imenso o meu sofrimento ; sentia-me por todos desprezada, caluniada, maltratada. Tinha em mim um rochedo imenso ; parecia-me que este rochedo me arrastava e continuamente me dava pontapés, ao mesmo tempo que me odiava. Sem passar por outras coisas, cheguei ao Horto ; ali fiquei aniquilada entre uma fortíssima prensa. Antes de por ela ser apertada, trespassavam-me os espinhos, dum lado ao outro, e sobre as feridas deles vinha o esmagamento. No mesmo lugar deste martírio, sobre mim, e o rochedo mundial caiu do Coração divino de Jesus um chuveiro de sangue »[6]. Se agora foi um “chuveiro de Sangue” divino que caiu sobre a Alexandrina e o “rochedo mundial”, mais logo voltará aquela gota, que pouco a pouco, sem qualquer esforço por parte dela, vai encher o coração da vidente. Mas antes disso, Jesus queixa-se dos desvaires da humanidade e pede à sua esposa que lhe dê almas : Jesus está faminto delas. ― « “Minha filha, chama a mim o mundo desvairado, traz ao meu divino Coração o mundo criminoso. Eu quero, Eu quero as almas ; dá-mas com a tua cruz” »[7]. Ao pedir-lhe almas, “Jesus chorava”, constata, cheia de pena a pobre vítima. E logo o seu coração generoso se emociona e propõe reparar : ― « Pronto, pronto, meu Jesus ; pelo vosso divino amor acabai com essas lágrimas ; quero chorá-las eu, quero sofrer tudo quanto vos aprouver ». Jesus não responde logo, guarda silêncio, como se reflectisse na proposição que acabava de lhe fazer a sua vítima, que para reparar pelos pecados sobre os quais Jesus chora, precisará de ajuda, precisará da medicina divina. « Uns momentos mais de silêncio, e após eles, disse-me : ― “Vou dar-te a gota do meu divino Sangue, a maior prova do meu infinito Amor, a maior de todas as maravilhas, a única maravilha, que tinha destinado dar à maior vítima da humanidade, a quem confiei a missão mais sublime ». Para que melhor possamos compreender esta operação, esta transfusão do Sangue divino do Coração de Jesus para o da Alexandrina, ela explica, no Diário do mesmo dia : « Jesus, enquanto falava, introduziu o tubo no meu coração e deixou passar do d’Ele para o meu o seu Sangue divino. Senti, como se todo o coração por ele fosse molhado. Jesus foi para mim, como se fosse um pintor. Dilatou-se-me o coração, ficou grande, grande, infinitamente grande ; tinha a grandeza do Senhor à qual eu não pude resistir. Acudiu Jesus, passou sobre o meu peito e sua divina Mão, acariciou-me, fiquei curada, deixei de sentir tal grandeza” ». “Dilatou-se-me o coração, ficou grande, grande, infinitamente grande”, explica ela ; era tão “grande que ela não podia resistir”, porque o “infinitamente grande” não se adapta ao infinitamente pequeno, por isso mesmo a ajuda divina era necessária e urgente. Jesus estendeu as suas mãos e, como outrora apaziguara a tempestade no mar da Galiléia, agora fez calmar aquela “grandeza” que sentia nela Alexandrina. “Fiquei sozinha, eu, a sofrer...”Alguns meses mais tarde, a “Doentinha de Balasar” explica como o Sangue do Cordeiro lava os pecados do mundo. Ouçamo-la : « O Sangue do mesmo divino Coração, em forma de chuva, lavava todas as iniquidades. Quanto mais Jesus assumia a si os crimes e dureza do mundo, maior era a sua agonia por ser responsável a seu Eterno Pai. O Sangue de Jesus saiu sempre em toda a agonia do Calvário »[8]. O dia 18 de Junho de 1948 era uma sexta-feira. Nesse dia, como todas as sextas-feiras, Alexandrina vive a dolorosa Paixão. Depois desta, ela dita para o seu Diário estas palavras : « Logo de manhãzinha, senti dentro em mim dois mares imensos. Um de dor, outro de amor. O de amor estava sobre o solo do Horto e dentro dele se despejava, mas sem se esgotar o mar de dor. O amor tudo absorvia, as labaredas tudo escondiam. No meio estava Jesus. Era Ele mesmo o Amor. Era o mar que não se esgotava, sem se esgotar a dor. Ele podia escondê-la. Suave sangue. O seu santíssimo Corpo era ferido de espinhos, o seu divino Coração era espremido para o cálice da amargura. As labaredas ateavam-se, quanto mais dor recebia, mais as chamas subiam a escondê-lo. Eu sepultei em mim aqueles dois mares. Não sei qual foi o maior sofrimento. O Amor fortíssimo a enfrentar a dor, a ingratidão, a maldade e os crimes. Não pode haver língua que possa exprimir a dor de Jesus ao ver o seu amor correspondido »[9]. Bela imagem do Jardim das Oliveiras e do sofrimento salvífico de Jesus, sofrimento tal que “não pode haver língua que possa exprimir”. Bela imagem igualmente destes dois “mares imensos” que são o amor e a dor, dois carismas inseparáveis. Mas Alexandrina diz mais ainda no mesmo Diário : ela descreve o que se passou depois, sobre o Calvário : « Sobre o Calvário estiveram os mares. Durante a viagem, não deixei de sentir os sofrimentos de Jesus. Sentia-me cair com os joelhos em terra toda ferida e depois com Jesus arrastada. Montanha, subiu, subiu, quase chegava ao Céu. Eu via aquela altura ; desfalecida sem a poder subir. Vi o precipício que Jesus de cima da Cruz regava com o seu divino Sangue, regava todas aquelas alturas. Por aquele terreno regado, regado pelo Sangue divino, eu via seguir as almas em fileiras como formiguinhas a passarem-se para o Céu. A agonia de Jesus não podia ser maior e de repente senti uma morte total, nem vivia Jesus, nem as almas subiam pela montanha a passarem ao Céu ; era morte, tudo morte. Não havia vida. Fiquei sozinha, eu, a sofrer, ou ficou a dor, porque eu morta me sentia também ». Escusado é aqui comentar : o trecho é mais do que explicito ! Logo a seguir, ela escreve ainda nesse mesmo dia : « Passou-se um bom espaço de tempo naquela morte total, sem ouvir a voz de Jesus, sem sentir que Ele vivia. Por fim, ouvi-o muito no íntimo do meu coração que iluminou com a sua luz divina : ― “Minha filha, coragem, coragem ! É Jesus a pedir-te. Não é muito. A morte que tu sentiste não é tua é a morte das almas. Foi o pecado a matá-las, foi o pecado a embargar-lhes a passagem para o Céu. Foi o pecado a tirar-lhes os martírios do Calvário, de toda a minha Paixão. São necessárias novas vítimas a imolarem-se. Foi por isso que te escolhi, esposa minha, para esta sublima missão. Fui eu a escolher-te este Calvário, vitorioso Calvário” ». Alexandrina que sofrer, quer oferecer-se continuamente como vítima, mas certas palavras de Jesus causam-lhe vergonha, como ela diz, não se sente digna de tantos carinhos, de tantos elogios, de tantos dons gratuitos que ela recebe do Esposo amado. Ela sofre, e sofre com amor, mas pensa não sofrer como devia, como mais prazer faria a Jesus. Ela queixa-se : ― « Ó meu Jesus, eu não sei como poder resistir a este sofrimento ! Causa-me horror a minha vida, esta morte total. Quero seguir-vos, quero sofrer por vós e em vós esconder toda a minha vida e nada escondo, nada sofro e nada amo. Todo o meu viver é conhecido. Ai, meu Jesus, se eu pudesse desaparecer ! » Não o sabemos, mas pensamos positivamente que o Senhor deverá ter sorrido a esta queixa inocente e quase ingénua, visto que, em resposta à queixa formulada por Alexandrina Ele responde : ― « “Coragem, minha filha, sou eu a acompanhar-te, sou eu a pedir-te uma Cruz. A alma humilde vive escondida sem saber. Tu estás toda bem escondida em meu divino Coração. Estás escondida em mim e a servires de luzeiro ao mundo. Ele necessita de ti. Necessita da tua luz, da luz que de mim recebeste. Dá-me dor, dá-me Cruz. Eu quero-a para as almas. Confia, confia, que para elas te criei. Nada temas, nada duvides. Eu sou o teu Guia, o teu Esposo, o teu Mestre. Tu vives para a graça, para a dor, para o amor. Tu vives para dar vidas. Só deixarás de amar, de viveres e de dar vidas, quando deixares de confiar, o que isso não acontece, eu to afirmo. Prometo-te a fidelidade, a perseverança, toda a perseverança. Descansa, descansa no meu divino Coração ; deixa-te queimar, deixa-te consumir neste fogo, nestas minhas chamas devoradoras. É o cadinho que mais te purifica e farei que o teu coração seja para as almas, o mesmo fogo, o mesmo cadinho de purificação, porque por eles transmites, de ti deixas transparecer o que de mim recebeste. O teu coração é riquíssimo, é o cofre de toda a riqueza do teu Jesus” ». A lição recebida, Alexandrina, sabendo-se “toda bem escondida” no Coração de Jesus e que ela “vive para dar vidas”, deixa-se levar pela onda de amor que então a invade e exclama : — « Ó meu Jesus, meu Amor, confundo-me diante de vós. Só me desapareceria esta confusão, ao ser por vós repreendida por todas as minhas misérias ». A resposta de Jesus é toda ela carinho e amor e, como para recompensá-la, vai oferecer-lhe aquela gota do seu preciosíssimo Sangue, Sangue que dá vida à alma e ao corpo : ― « “Minha filha, quem me ama e só quer a minha divina Vontade, não pode ouvir repreensões minhas. Leio no teu coração. Vejo que todo o teu viver tem só o meu fim. As faltas que te permito são para tua humilhação. Não me desgosto. Tiro delas melhor proveito. Recebe agora a gota do meu divino Sangue, a vida de que vives, a vida com que dás as vidas, a vida de prodígios e de maravilhas. A vida que a nenhuma outra vida foi igualada. És a primeira alma a quem desta forma dei o meu Sangue divino”. O meu coração no amor de Jesus. Jesus, de repente, introduziu o tubo, fez passar a gotinha do seu Sangue. Com o fogo e o Sangue divino de Jesus não pude resistir sem um pronto auxílio de Jesus »[10]. Nas palavras de Jesus encontramos a confirmação daquilo que dizíamos no começo deste trabalho : “És a primeira alma a quem desta forma dei o meu Sangue divino”. A autora italiana que já citámos, Eugénia Signorile escreve a respeito desta particularíssima transfusão : « É importante notar que tal transfusão de sangue não é um facto puramente espiritual, como a efusão de amor. Não, não ! É sangue verdadeiro, concreto, que lhe faz dilatar o coração de modo sensível e que deve compensar o sangue que a Alexandrina perde frequentemente, e mesmo durante longos períodos diariamente! »[11] Este carisma exclusivo, não tem como beneficiária a Alexandrina em particular ; como todos os carismas, deve ser partilhado pela comunidade que neste caso abrange todos os pecadores, a humanidade inteira. Lembremo-nos daquela imagem que nos deu a Alexandrina, quando explicava ter visto “uns regatozinhos de sangue”, onde “tantos bandos de pombinhas alegres, satisfeitas”, vinham beber e do significado que lhe deu Jesus dessa visão... No Diário acima citado — 18 de Junho de 1948 — Alexandrina escreve, terminando o diálogo tido com Jesus, por estas palavras convidativas do Esposo : ― « “Vai, minha filha, leva o fogo do meu amor, leva-o para as almas. Sofre tudo com os olhos em mim. Sorri a tudo que te dou, sorri à Cruz. Confia que tudo vais vencer, confia que bem depressa vais receber o Céu, o princípio do teu viver. Vai em paz” ». “Sofre com os olhos em Mim”, diz Jesus ; “leva o fogo do meu amor, leva-o para as almas”, continua Ele, encorajando a sua querida vítima, a sua “crucificada do Calvário de Balasar. « Insondável Amor e insondável Justiça — escreveu Monsenhor Mendes do Carmo — que aceitam os sofrimentos voluntários dos inocentes para não condenarem os culpados. Havendo a fome do pecado nos apaixonados de si mesmos, há a fome da dor expiatória nos apaixonados de Deus »[12]. Anos depois, isto mesmo dirá o Senhor à Alexandrina, antes de lhe dar a gota do seu Sangue divino : ― « É sofrendo, minha filha, sofrendo e amando que Me dás maior glória e que as almas mais lucram. Conta comigo. Recebe a gota do Meu divino Sangue ; é gota prodigiosa, é gota de salvação. Dá o que recebes, move os teus lábios, desempenha a alta missão que te destinei. Não te esqueças, convida para Mim as almas, diz-lhes os meus queixumes e as minhas ameaças. Vai em paz, confia em Mim ; são salvas as almas por ti aos milhões »[13]. Este carisma particular vai verificar-se com uma grande frequência e regularidade em 1952, por isso mesmo vamos estudá-lo mais pormenorizadamente. [1] Sentimentos da alma : 5 de Janeiro de 1945. [2] Sentimentos da Alma : 5 de Janeiro de 1945. [3] Sentimentos da alma : 4 de Janeiro de 1945. [4] Sentimentos da alma : 29 de Junho de 1945. [5] Ibid. [6] Sentimentos da alma : 13 de Fevereiro de 1948. [7] Sentimentos da alma : 13 de Fevereiro de 1948. [8] Sentimentos da alma : 30 de Abril de 1948. [9] Sentimentos da alma : 18 de Junho de 1948. [10] Sentimentos da alma : 18 de Junho de 1948. [11] Eugénia Signorile : Só por amor ; cap. 9. [12] Monsenhor Mendes do Carmo in Alexandrina do P. Humberto Pasquale. [13] Sentimentos da Alma : 1 de Setembro de 1950.
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