Fevereiro
Senti a
minha alma desprender-se da terra e subir mais alto, ficando a
vivificar o meu corpo, que ficou cá em baixo, como que uma corrente
eléctrica que servia de união entre os dois. Este desprendimento
custou imenso ao meu corpo cujos olhos fitavam-se em Jesus
crucificado para alívios das suas dores. No entanto, à minha alma
sentiu-se no regaço da Mãezinha, sustentando comigo o seu divino
Filho morto.
Este
facto deu luz à minha inteligência, dando-me a conhecer que o que
Jesus me prometera a 15 de Agosto de 1943, ter-se-ia realizado não
na forma que eu julgava mais natural, isto é, que eu teria ido para
sempre para o Céu, mas que iria para voltar.
Esta
luz não foi impressão de um momento, mas sim uma nova transformação
que se operou em mim e que me obrigou a dizer que certamente não
teria morrido, mas que Jesus referia-se com certeza a este novo
estado da alma.
Convenci-me de tal forma, que nunca mais pensei dar-se, no dia
marcado por Jesus, a morte real. |