Por volta do ano 303, na Espanha, no período em que Diocleciano era
imperador romano (284-305), os irmãos Vicente, Sabina e Cristeta,
provavelmente naturais de Évora ou daquela região, foram torturados
cruelmente. Tiveram os membros desconjuntados e as cabeças
esmagadas.
Pelo que podemos conferir nos anais de seu martírio, São Vicente foi
feito prisioneiro antes de suas irmãs Sabina e Cristeta, tendo sido
levado à presença do magistrado romano Daciano, que o interrogou: “…
Perdoo à tua juventude essas liberdades, pois sei que não chegaste
ainda à idade de uma prudência completa, pelo que te devo aconselhar
que me ouças como pai, e como tal ordeno que sacrifiques aos deuses
imperiais”.
O jovem Vicente assim respondeu: “Careceria de sólido juízo, se,
desprezando o verdadeiro Deus que criou o céu e a terra, penetrou os
abismos e circundou os mares, desse culto aos falsos deuses de pau e
de pedra, representados em estátuas vãs”.
Por esta resistência, foram-lhe concedidos três dias para pensar e
negar sua fé cristã. Sabendo que não poderia negar, tentou fugir com
suas irmãs, mas foram alcançados pelos soldados romanos, sofrendo
então todos os martírios.
“Senhor, dai-nos coragem para mudar o que pode ser mudado. Dai-nos
forças para aceitar com serenidade tudo o que não possa ser mudado.
E dai-nos sabedoria para distinguir uma coisa da outra”.
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