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Verónica Giuliani
Religiosa, M
ística, Santa
1660-1727

Úrsula Giuliani nasceu em Mercatello, perto de Urbano, no ano de 1660. Foi a sétima filha do casal Francisco e Benta, profundamente católico. Quatro de suas filhas já eram clarissas quando apoiaram a sua caçula, que, aos dezassete anos, desejou ingressar no mosteiro da Ordem na cidade de Castello. Lá ela vestiu o hábito e tomou o nome de Verónica.

No convento, ela trabalhou muito, sem distinção de cargos: foi camareira, cozinheira, encarregada da despensa, enfermeira, professora das noviças e, finalmente, abadessa. Transformou o mosteiro numa verdadeira e especial escola de perfeição com o seu próprio exemplo de amor ao Redentor, à sua Paixão na cruz e à Virgem Maria, deixando para a posteridade um legado instigador de sua prolongada e rica experiência mística.

Os registros de manifestações místicas na vida dos santos da Igreja não são poucos. E consideram-se místicos os fenómenos extraordinários que vivem algumas pessoas escolhidas por Deus para mostrar sua intervenção na existência terrena de seus filhos. São eles os milagres, as profecias, o domínio sobre fenómenos da natureza, as visões, os êxtases e as aparições dos estigmas de Cristo no corpo. Entretanto o que ocorreu com Verónica não teria chegado até nós se não fosse a inspiração de seu director espiritual.

Tudo começou a partir de 1697, quando lhe apareceram no corpo os estigmas de Jesus, ou seja, passou a conviver com as mesmas chagas que martirizaram o Cristo. Na ocasião, Verónica pediu a Jesus que os escondesse aos olhos de todos, não desejava que absolutamente ninguém soubesse o que lhe ocorria. Também não queria ser vista como uma escolhida, preferia viver na humildade. Ela conseguiu, mantendo-se reclusa em sua cela e sem contacto com nenhuma pessoa fora do convento, pelo resto da vida.

E teria permanecido assim, sem que ninguém soubesse de sua história, não fosse uma ordem que lhe impôs seu confessor e director espiritual. Verónica teria de escrever todas as experiências místicas que vivenciava e sentia nos seus contactos com Jesus. Porém, depois, não poderia reler o que havia registrado. Desse modo, ficaram para a posteridade quarenta e quatro volumes de uma fantástica vivência de trinta anos com o extraordinário.

Um dos relatos mais impressionantes trata-se da descrição que ela fez de como lhe surgiram os estigmas. "Vi sair das santas chagas do Cristo cinco raios resplandecentes e todos vieram perto de mim. Em quatro estavam os pregos, e no quinto a lança que, candente, me trespassou o coração de fora a fora", descreveu ela. Era uma Sexta-Feira Santa, de madrugada.

Foi numa sexta-feira também que Verónica Giuliani morreu, em 1727, depois de trinta e três dias de doença e agonia em seu corpo, onde se viam, ainda, as chagas da Paixão. Para corroborar seus escritos, a autópsia constatou que, realmente, seu coração estava vazado de lado a lado.

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