Anno
Bjoerd Brandsma nasceu em 23 de fevereiro de 1881, no seio de uma
família de camponeses da Frísia, Holanda. No
pequeno
sítio da família, havia bastante trabalho, mas ele sempre foi muito
frágil para o serviço braçal.
Aos
dezessete anos, seguindo sua vocação, ingressou na Ordem dos
Carmelitas e adotou o nome de Tito, em homenagem a seu pai. Em 1905,
recebeu a ordenação sacerdotal e, quatro anos depois, a graduação de
doutor em filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma.
Retornou para sua pátria, onde foi docente em vários liceus e
professor de filosofia e história na Universidade Católica de Nimega,
da qual também foi eleito "reitor magnífico". Viajou pela Europa e
América, e tornou-se jornalista e publicitário. Em 1935, foi nomeado
consultor eclesiástico e assistente nacional dos jornalistas
católicos.
O
nazismo assumiu o poder na Alemanha, em 1933, e iniciou suas
perseguições contra os judeus. Padre Tito reagiu, publicando um
artigo antinazista contendo duras palavras contra o regime. Quando,
em 1940, os nazistas invadiram a Holanda, o pequeno partido nazista
local exigiu dos jornais católicos a publicação de sua propaganda.
Padre Tito foi convocado a percorrer toda Holanda levando o "não" de
todo o episcopado aos diretores dos jornais, à exigência feita pelo
partido nazista, mesmo ao custo de fecharem suas redações e das
próprias vidas.
Em
19 de janeiro de 1942 a Gestapo, agência de espionagem do regime
nazista, prendeu o padre Tito em Nimega. Assim iniciou o seu
calvário, mudando constantemente de prisões e sendo submetido a
interrogatórios e torturas, mas nunca cedendo. A sua perseverança na
fé e crença ardorosa em Cristo permitiu que suportasse o martírio.
Cinco meses depois, ele chegou à prisão de Dachau, na Alemanha. Lá,
os tormentos só foram suportados, porque tinha consigo a eucaristia,
um presente de padres alemães que foram deportados. Munido da
hóstia, ele pregava aos seus companheiros de prisão e ainda recitava
as palavras da missa.
Padre Tito Brandsma foi executado com uma injeção venenosa no dia 26
de julho de 1942 e seu corpo jogado num crematório coletivo. O papa
João Paulo II beatificou-o em 3 de novembro de 1985, designando o
dia de sua morte para a sua festa. |