Alexandrina de Balasar

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XXXIII Domingo do Tempo Comum
Ano B

Leitura da Profecia de Daniel     (Dn. 12, 1-3)

Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande chefe dos Anjos, que protege os filhos do teu povo. Será um tempo de angústia, como não terá havido até então, desde que existem nações.

Mas nesse tempo, virá a salvação para o teu povo, para aqueles que estiverem inscritos no livro de Deus. Muitos dos que dormem no pó da terra acordarão, uns para a vida eterna, outros para a vergonha e o horror eterno.

Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento e os que tiverem ensinado a muitos o caminho da justiça brilharão como estrelas por toda a eternidade.

 

Salmo 15 (16), 5.8.9-10.11 (R. 1)

Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
            na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.

 

Leitura da Epístola aos Hebreus     (He. 10, 11-14.18)

Todo o sacerdote da antiga aliança se apresenta cada dia para exercer o seu ministério e oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca poderão perdoar os pecados.

Cristo, ao contrário, tendo oferecido pelos pecados um único sacrifício, sentou-Se para sempre à direita de Deus, esperando desde então que os seus inimigos sejam postos como escabelo dos seus pés. Porque, com uma única oblação, Ele tornou perfeitos para sempre os que Ele santifica.

Onde há remissão dos pecados, já não há necessidade de oblação pelo pecado.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Marcos     (Mc 13, 24-32)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

« Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória.

Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu.

Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta.

Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.

Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai ».

 

Oxalá também nós na eternidade nos encontremos reunidos com a multidão dos que foram salvos

Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino preparado para vós desde a criação do mundo (Mt 25, 34). Todos os ressuscitados ouvirão da boca do próprio Rei dos Céus estas palavras; são os que com fé sincera creram em nosso Senhor Jesus Cristo, manifestando sua fé nas obras, vigiando sobre si mesmo ou então se purificando das manchas do pecado mediante a confissão e a penitência, e exercendo a temperança, a castidade, a caridade, a esmola, a justiça e a verdade, virtudes estas contrárias aos vícios. Deste modo, os que obtiveram por sorte o pacífico reino celeste, reinarão com Cristo; viverão para sempre na inefável luz que desconhece ocaso e não é interrompida pela noite; convivem com os santos nas indizíveis delícias do seio de Abraão onde não há dor nem luto nem gemidos.

A colheita das espigas inanimadas é feita conjuntamente por muitos segadores; a das espigas espirituais, a humanidade, é feita por um único ceifeiro que da incredulidade recolhe para a fé os que recebem os arautos do Evangelho. Os segadores dessa colheita são os apóstolos e seus sucessores, bem como os doutores, segundo as necessidades da Igreja. A respeito deles, disse Cristo: Aquele que colhe já recebe o salário; ele ajunta fruto para a vida eterna (Jo 4, 36). Tanto maior recompensa espiritual recebem os doutores, quanto maior é o número dos fiéis que congregam para a vida eterna. Mas existe também outra colheita: a transferência de cada um de nós desta vida para a vida futura. Neste caso, os segadores são os anjos que, de certo modo, excedem os apóstolos, pois, uma vez recolhida a colheita, espalham e separam os bons dos maus, como o trigo do joio; levam os bons para o Reino e enviam os maus para o inferno.

A manifestação dessas realidades já se faz presente segundo o Evangelho de Cristo que nos proporciona a oportunidade e as palavras. Oxalá também nós, que já somos o povo eleito de Deus,  nação santa, Igreja do Deus vivo, segregados dos ímpios e dos sem religião, sejamos no mundo futuro separados do joio e unidos à multidão dos resgatados, no mesmo Cristo Senhor nosso que é bendito para sempre. Amém.

Gregório Palamás, bispo: Das Homilia 26
(Patrologia Grega 151, 339-342)

 

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