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Porquê o hábito religioso ?

Desde há muito tempo para cá, pergunto algumas vezes a mim mesmo porque razão os sacerdotes — uma grande parte deles — e as religiosas e religiosos, não utilizam os hábitos utilizados pelos seus antepassados nas diversas ordens.

Diz-se que “não é o hábito que faz o frade ou a freira”, para explicar essa ausência de hábitos religiosos.

Como não sou teimoso, deixei-me mais ou menos convencer com esta explicação dada por um sacerdote a quem tinha feito a pergunta, mas fiquei sempre com uma dúvida…

A pedido de uma amiga, mandei vir de Portugal um dos livros escritos pela Irmã Lúcia de Jesus: “Apelos da mensagem de Fátima” (já o tinha em francês, mas nunca o tinha lido) e comecei a ler tranquilamente, para avaliar o conteúdo e compreender o interesse da minha amiga brasileira por esse livro e, qual não foi o meu espanto ao ler, na página 180, esta explicação que veio iluminar a minha “lanterna” duma nova luz:

«Os hábitos são o distintivo de uma consagração, um resguardo do decoro e da modéstia cristã, uma defesa da pessoa consagrada. São para as pessoas consagradas — prossegue a vidente — o mesmo que a farda é para os soldados, e os galões para um graduado: distingue-os e mostra o que são e o lugar que ocupam, obrigando-os também a um comportamento digno da respectiva condição.»

E a seguir o aviso importante que nos dá a boa Irmã Carmelita:

«Por isso, deixar o hábito religioso é retroceder; é confundir-se com aqueles que não foram chamados nem escolhidos mara mais; é despojar-se de numa insígnia que os distingue e eleva; é descer a um nível inferior, para poder viver com aqueles que não são tanto.»

Porque, segundo a Irmã Lúcia, usar o hábito religioso, é dar «um testemunho que devemos dar da presença de Cristo em nós, segundo o estado que abraçamos e o lugar que ocupamos.»

Obrigado, Irmã Lúcia, por estas respostas simples mas cheias de bom senso e de verdade. Nunca mais poderei estar de acordo com aqueles que dizem que “não é o hábito que faz o frade ou a freira”.

Afonso Rocha

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