Óscar,
desde pequeno conviveu com os monges beneditinos da cidade de Corbie,
onde nasceu em 800, na França. Na infância, estudou no
colégio do mosteiro, onde regressou, mais tarde, para se
tornar um monge e professor interno. Aos vinte e três anos, foi
exercer esta função na Saxónia. Nesta região
era conhecido como Anscário.
Começou
a se destacar quando o novo rei da Dinamarca, em 826, o convidou a
instalar uma missão evangelizadora, para conversão dos
seus súbditos, quase todos pagãos. Ele aproveitou bem
esta oportunidade, obtendo sucesso no início. Mas, o rei, um
ano depois, foi deposto e exilado. Óscar o seguiu e abandonou
a Dinamarca.

Em
829, foi enviado como missionário para a Suécia, junto
com o monge Vitimaro. Nesta corte, Óscar converteu e baptizou
o rei, que os autorizou pregar livremente o Evangelho aos raros
cristãos do lugar. Após um ano e meio de trabalho os
resultados pareciam mostrar boas bases. Por isto, o papa Gregório
IV, o designou como seu delegado na Alemanha, onde o imperador
Ludovico, o Pio, que era filho e sucessor de Carlos Magno, desejava
criar na diocese de Hamburgo uma nova estrutura eclesiástica.
Óscar
aceitou a excelente oportunidade de ampliar as fronteiras da
evangelização e em 831, foi consagrado o arcebispo de
Hamburgo. Assim, pode dar maior estabilidade à missão
na Suécia, consagrando seu companheiro, monge Vitimaro, o
bispo daquela diocese. Contudo, sem deixar de acompanhar a evolução
da actividade missionária na Dinamarca.
Em
840, com a morte de Ludovico, o Pio, a aliança do império
franco-alemão ficou enfraquecida e as invasões dos
bárbaros normandos começaram a devastar toda a Europa
setentrional. Esta reviravolta política, desintegrou toda a
estrutura organizada por Óscar, começando pela
Dinamarca, depois Suécia e finalmente Hamburgo, em 845. Nesta
ocasião, Óscar teve tempo apenas de salvar as relíquias
da sua igreja.
Mas
ele não renunciou. Depois de alguns anos no mosteiro alemão
de Brema, Óscar decidiu recomeçar a partir da Suécia,
para onde ele voltou, até porque não havia mais ninguém
para enviar. O então rei Olavo autorizou a evangelização
cristã, que ele organizou sozinho, primeiro formando bons
missionários, depois indicando a região onde iriam
actuar. Assim, Óscar vivia em constante peregrinação,
fortalecendo com sua presença as novas bases iniciadas,
inclusive na Dinamarca, agora com relações estáveis
com a Alemanha.
Óscar
sempre soube que sua obra missionária estaria sujeita aos
interesses destes reis do Norte, minados pelas inúmeras
alianças políticas e religiosas e por vários
factores externos, mas nunca desistiu. Nos seus últimos anos,
sentiu que as raízes para um cristianismo profundo no Norte
estavam nascendo, embora semeadas em meio aos temporais, como
resultado de sua obstinada esperança e fé inabalável.
Morreu
no dia 3 de Fevereiro de 865 no mosteiro de Brema, Alemanha. A
Igreja, por justa razão, o proclamou “apóstolo
dos povos escandinavos” e o venera nesse dia como Santo.
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