Nossa Senhora de Aparecida
ou Nossa Senhora da
Conceição Aparecida
Padroeira do Brasil
A
história nos conta que nos idos de 1717, por ocasião da passagem
pela região do governador da Capitania de São Paulo, Dom Pedro de
Almeida
–
Conde de Assumar, e sua comitiva, foi solicitado aos pescadores que
encontrassem nas águas do rio Paraíba do Sul a maior quantidade
possível de peixes. Entre os pescadores estavam Domingos Martins
Garcia, João Alves e Felipe Pedroso.
Lançaram suas redes várias
vezes e não conseguiam pescar nada. Já estavam desanimados quando,
de repente, na altura do Porto de Itaguaçu, percebem algo estranho
na rede. Era o corpo de uma imagem feita de terracota. Em seguida,
lançaram as redes novamente ao rio e acharam a cabeça que se encaixa
direitinho no corpo da imagem. Após terem recolhido a imagem
conseguiram grande quantidade de peixes e sentiram que o acontecido
era um sinal dos céus. Os habitantes do lugar logo atribuíram o fato
a um milagre da Virgem, que passaram a chamar Nossa Senhora da
Conceição Aparecida. Felipe Pedroso improvisou um altar em sua casa,
no qual colocou a pequena imagem onde passaram a rezar o terço com
toda a vizinhança. Em 1733, Felipe deu de presente a imagem a seu
filho Atanásio Pedroso, que mandou construir
um oratório. Logo depois, começaram a ocorrer prodígios
extraordi-nários e a fama de Nossa Senhora Aparecida se es-palhou. O
número de peregrinos começou a aumentar de forma espectacular e a
devoção se estendeu a todo o país.
O
grito de independência
O
Brasil tornou-se independente sob a maternal protecção de Nossa
Senhora Aparecida. D. Pedro, então Príncipe Regente, viajando do Rio
de Janeiro para São Paulo, quis rezar diante da imagem da Aparecida.
Prometeu-lhe consagrar o Brasil, caso resolvesse favoravelmente sua
complicada situação política. Isto ocorreu no dia 22 de agosto de
1822. Quinze dias depois
–
a 7 de setembro, em São Paulo,
na Colina do Ipiranga
–
nascia
o Brasil independente, pelo brado histórico do Príncipe que se
tornaria o nosso primeiro Imperador com o nome de D. Pedro I.
Princesa Isabel e Virgem Aparecida
A festa
da Aparecida no ano de 1868
–
até então celebrada em 8 de
dezembro, dia da Imaculada Conceição,
–
encerrou-se com brilho especial. Com efeito, a
Princesa Isabel,
herdeira do trono brasileiro, quis dela participar ao lado de seu
marido, o Conde d'Eu, na esperança de obterem da Senhora Aparecida a
graça de um herdeiro. Para manifestar sua devoção, a Princesa doou à
venerada Imagem um manto riquíssimo, ornado com vinte e um
brilhantes, representando as vinte Províncias do Império mais a
Capital. Anos depois, em 1884, Dona Isabel voltava a Aparecida em
reconhecimento pela graça recebida. Feliz, vinha acompanhada não só
do esposo, mas dos três herdeiros, os Príncipes D. Pedro, D. Luís e
D. António. A
piedosa Princesa quis novamente honrar a milagrosa imagem da Senhora
Aparecida oferecendo-lhe dessa vez uma riquíssima coroa de ouro,
cravejada de brilhantes. Essa mesma coroa serviu, vinte anos depois,
para a solene coroação da Imagem, por ordem do Papa São Pio X.
Rainha e Padroeira do Brasil
Em
1903, os Bispos da Província Eclesiástica Meridional do Brasil, com
vistas ao cinquentenário da proclamação do dogma da Imaculada
Conceição, a transcorrer no ano seguinte, rogaram ao Santo Padre que
mandasse coroar em seu nome a imagem de Nossa Senhora Aparecida. No
dia 8 de setembro de 1904 reuniram-se em Aparecida oito Bispos e
dois Abades, tendo à frente o Núncio Apostólico, D. Júlio Tonti,
numerosos Sacerdotes e Freiras, autoridades civis e militares, além
de uma grande multidão de fiéis procedentes dos mais recônditos
rincões do território nacional. Após a Missa Solene celebrada pelo
Núncio, o Bispo de Petrópolis, D. João B. Braga, proferiu vibrante
sermão e leu a fórmula da Consagração do Brasil a Nossa Senhora
Aparecida. O povo, de joelhos, ia repetindo. A seguir, o Bispo de
São Paulo, D. José de Camargo Barros, cingiu a fronte da imagem com
a coroa oferecida pela Princesa Isabel.
Em
1930, atendendo ao sempre crescente aumento da devoção a Nossa
Senhora Aparecida, e verificando as graças e favores insignes que
Ela derramava sobre todo o País, o Papa Pio XI, a pedido dos Bispos
brasileiros, a proclamou Padroeira do Brasil. Da capelinha
improvisada, logo foi preciso outra maior, e depois outra, e hoje o
Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é a
segunda maior igreja do mundo em área construída.
As graças e milagres continuam
A
história de Aparecida tem o milagre na sua origem. Pinturas nas
paredes da nave central da Basílica Velha representam de forma
expressiva alguns dos primeiros milagres que se tomaram famosos.
Essas graças e prodígios, entretanto, não cessaram com o correr do
tempo. Maria Santíssima, de seu trono em Aparecida, continua ainda
hoje a derramar sobre seus fiéis devotos chuvas de graças e bênçãos
e a operar verdadeiros milagres.
A
sacrílega profanação
O
Brasil se sentia tranquilo sob a protecção maternal da Senhora
Aparecida. Talvez tranquilo demais, pois a decadência moral e
religiosa dos últimos tempos –
que havia culminado com
a introdução do divórcio em 1977 –
fazia temer que a Virgem
Santíssima estivesse descontente com nosso País. Foi então que se
deu um dos fatos mais graves de nossa História: no dia 16 de maio de
1978, durante a Missa vespertina, na Basílica Velha, um protestante
fanático arrebatou de seu nicho a milagrosa imagem, jogando-a ao
chão. Ela se partiu em mais de cento e sessenta fragmentos. A
comoção em todo o Brasil foi enorme, e as pessoas piedosas
procuraram oferecer actos de reparação por tamanha afronta à
Padroeira, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A perfeita
restauração da imagem foi mais um prodígio da Senhora Aparecida,
desta vez pelas mãos de artistas e técnicos competentes.
Advertência materna
Maria
Santíssima permitiu a quebra da milagrosa imagem da Aparecida para
nos alertar, a fim de que abandonemos o estado de indiferentismo
religioso em que se encontra imerso nosso povo; deixemos o uso das
modas imorais, que tanto ofendem a Deus e contristam a Virgem toda
pura; renunciemos à assistência de novelas e filmes imorais;
combatamos os costumes que dissolvem nossa sociedade; enfim,
restauremos em toda a sua força a verdadeira família cristã. Para
tanto, impõe-se um reafervoramento confiante da terna e enlevada
devoção Àquela que é a nossa Advogada clemente e cheia de doçura, a
Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Deus e Mãe nossa. Ergamos,
então, nossa súplica à excelsa Padroeira: Senhora Apare-cida, salvai
o Brasil!
Fonte:
Plínio Corrêa de Oliveira - Revista Catolicismo, outubro de 1992.
Hoje
peregrinos de todo o país e do exterior chegam aos milhares ao seu
majestoso santuário em Aparecida, especialmente no mês de outubro,
quando se celebra, no dia 12, a festa oficial da Rainha e Padroeira
Brasil.
Fonte:
http://www.missaodapaz.com.br/igrejadoslatinos/padroeira-das-americas.html#,
em 02.11.2009.

Oração a Nossa Senhora Aparecida I
Ó
Incomparável Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Deus, Rainha dos
Anjos, Advogada dos Pecadores, Refúgio e Consolação dos Aflitos,
livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos e a vosso Santíssimo
Filho, meu Redentor e Querido Jesus Cristo.
Virgem
bendita dê protecção a mim e a minha família das doenças, da fome,
assalto, raios e outros perigos que possam nos atingir. Soberana
Senhora dirige-nos em todos os negócios Espirituais e Temporais.
Livrai-nos das tentações do demónio para que trilhando o caminho da
virtude, pelos merecimentos de vossa puríssima Virgindade e o
preciosismo sangue de vosso Filho, vos possamos ver, amar, e gozar
da eterna glória, por todos os séculos. Amem!
Oração a Nossa Senhora Aparecida II
Ó
Senhora, vimos agradecer-Vos os benefícios que, Medianeira sempre
ouvida, nos obtivestes de Deus Omnipotente. Nossa oração, Senhora,
não é, entretanto, a do fariseu orgulhoso e desleal, lembrado de
suas qualidades, mas esquecido de suas faltas.
Pecamos. Em muitos aspectos, nosso Brasil de hoje não é o País
profundamente cristão com que sonharam Nóbrega e Anchieta. Na vida
pública como na dos indivíduos, terríveis germes de deterioração se
fazem notar, que mantêm em sobressalto todos os espíritos lúcidos e
vigilantes. Por tudo isto, Senhora, pedimo-Vos que intercedeis para
alcançar-nos o perdão. E, além do perdão, a força. Pois sem o
auxílio vindo de Vós, nem os fracos conseguem vencer suas fraquezas,
nem os bons alcançam conter a violência e as tramas dos maus. Com o
perdão, ó Mãe, pedimo-Vos também a bênção.
Sim, ó
Maria, abençoai-nos, cumulai-nos de graças, e, mais do que todas,
concedei-nos a graça das graças: ó Mãe, uni intimamente a Vós este
vosso Brasil.
FONTE :
http://www.nospassosdemaria.com.br/ |