Alexandrina de Balasar |
OUTEIRO MAIOR Padroeiro – São Martinho
NA ONDA DA EUCARISTIA…
A EUCARISTIA, ALIMENTO DA ALEXANDRINA
- Minha filha, minha esposa querida, vais agora (apenas terminado o êxtase da Paixão) receber-Me pelas mãos do teu Anjo da Guarda. Vêm ao seu lado S. Miguel Arcanjo e o Anjo S. Gabriel. Atrás deles seguem-nos uma grande multidão deles. Prepara-te: descem do Céu (...) Inclinou-se para mim o Anjo. Eu estendi-lhe a língua e ele, ao dar-me Jesus, não principiou pelas palavras do costume, mas sim: “Viaticum Corpus Domini nostri Jesu Christi custodiat animam tuam in vidam aeternam” (o Corpo Viático de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a tua alma para a vida eterna). (...) Fiquei mergulhada em amor, numa intimidade com Jesus: parecia-me inseparável dele. - Minha filha, dei-Me a ti em alimento: sou a tua vida. Dei-Me desta forma para mais e melhor mostrar as minhas maravilhas e para mostrar que estou contente com os meus representantes na terra, com a doutrina da minha Igreja. (...) Recebeste-Me como Viático; e é verdade que és enferma e sem um milagre divino não terias resistido à dor: estavas moribunda. S (4-4-47) De Só por Amor!
O TUDO DESCEU AO NADA
(Acção de graças da Alexandrina após a Comunhão)
O Tudo desceu ao nada; a Grandeza desceu à pobreza. O Amor desceu à frieza, à tibieza, à miséria, à indignidade. Que grande amor é Jesus! Desceste do mais alto ao mais baixo.
Jesus, dai-me fogo, dai-me amor; amor que me queime, amor que me mate. Eu quero viver e morrer de amor.
Jesus, seja o Vosso divino amor a minha vida. Seja ele e só ele a minha morte. Jesus, eu quero amar-vos: amar-vos até à loucura, amar-vos até morrer de amor.
Jesus, quero ser a predilecta, a loucura do vosso amor... perder-me na imensidade do vosso amor.
Jesus, eu me consagro toda e para sempre a vós: consagrai-me vós toda e para sempre à querida Mãezinha. Amai-a por mim, falai-Lhe de mim. Dizei-Lhe tudo, mas tudo por mim...
Mãezinha, vinde, vinde já: dai graças a Jesus por mim. Dizei-lhe tudo, mas tudo por mim...
Ó Mãezinha, eu me consagro toda e para sempre a Vós... Consagrai-me toda e para sempre a Jesus... Dizei-Lhe que eu O amo... Dizei-Lhe que sou dele. Dizei-Lhe que quero só nele pensar, que só dele quero falar, que só para Ele quero viver. Dizei-Lhe que O ajudais à crucifixão, para que nada fique no meu corpo e na minha alma para crucificar. Mãezinha, agradecei a Jesus por mim todos os benefícios que tenha recebido até este momento e pelos que confio que hei-de receber. Agradecei-Lhe todas as tribulações e angústias… alegrias e tristezas, lágrimas e sorrisos, tudo o que me alegra e faz sofrer. Dizei-Lhe que tudo recebo como bem-vindo das Suas divinas mãos, como prova do seu maior amor comigo. Dai-Lhe um grande obrigada, um contínuo obrigada, um eterno obrigada! Ó Mãezinha, agradecei-Lhe tudo quanto tenha recebido e hei-de receber no tempo e depois na eternidade. O Céu, o Céu, Mãezinha, que grande amor! Oh, quanto devo a Jesus! Pensamentos Soltos
NOTA HISTÓRICA
Nesta pequena paróquia, que em tempos medievais esteve dividida em duas, ficou a outrora a célebre Casa de Cavaleiros, dos Ferreiras d’Eça, riquíssima família que foi senhora de freguesias inteiras, que possuiu um castelo em Terroso, que foi grande benfeitora do Mosteiro da Junqueira, que fundou a ermida da Senhora das Neves e que teve uma capela particular no Convento de S. Francisco de Vila do Conde. Agustina Bessa-Luís passou algum tempo da sua adolescência no Outeiro Maior.
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