
BALASAR
Padroeiro
– Santa Eulália
NA ONDA DA EUCARISTIA…
A CEIA PASCAL
«Tomai e comei:
isto é o meu corpo… Bebei dele todo. Porque este é o meu sangue...»
(Mt. 26, 26-72)
Que
noite, que santa noite! A maior de todas as noites. A noite do maior milagre, do
maior amor de Jesus! O seu divino Coração estava preso àqueles que lhe
eram tão queridos. Para poder partir, tinha que ficar entre eles; para subir ao
Céu, tinha que ficar na Terra. Assim O obrigava o seu amor divino.
O sofrimento amado,
quem te compreenderá?
Queria que todos
conhecessem aquele mistério de pão e vinho transformados no Corpo e Sangue do
Senhor! Que milagre prodigioso! Que abismo insondável de amor! Apesar de se
sentir mergulhada nele, não o compreendia para o saber explicar; só o soube
sentir, e só no Céu o compreenderei.
Vi o doce Jesus a
abençoar o pão.
Queria saber dizer,
poder mostrar, no memento da bênção, os olhares que Jesus levantou ao Céu.
De olhos fitos no
Céu, em chamas de fogo, orou por tanto tempo a seu Eterno Pai.
Vi o seu rosto de
tal forma inflamado, que mais parecia ter em Si só a vida do Céu, do que ser uma
semelhança nossa: não perecia homem, mas sim só Deus: amor, só amor.
Que encanto! O seu
santíssimo rosto era se luz, parecia que só fogo o rodeava; com os olhos
encantadores fitos no Céu e um Sorriso doce abençoava o pão, que pouco depois
por todos distribuía.
Foi tal a luz, foi
tal o amor que a todos embebeu: Jesus, os apóstolos e eu!
E naquele momento
de amor e maravilha sem igual, senti que o mundo era outro. Jesus dava-se a ele
em alimento e partia para o Céu, e com ele ficava; aquele amor estendeu-se por
toda a humanidade.
De A Paixão de
Jesus em Alexandrina Maria da Costa
NOTA
HISTÓRICA
A terra natal da
Beata Alexandrina é uma extensa paróquia, que desde o séc. XV integra a extinta
Gresufes. As suas terras de boa aptidão agrícola proporcionaram a criação de
ricas casas de lavoura. A chamada Quinta de D. Benta deve ter origem numa
pousada régia.
Balasar foi noutros
tempos atravessada pelo caminho-de-ferro, que tinha uma conhecida paragem nas
Fontainhas, lugar que actualmente é o mais desenvolvido das redondezas.
A actual Igreja
Paroquial, que entrou ao serviço em 1907, é hoje meta de muitos peregrinos que
nela visitam o túmulo da Beata Alexandrina. Conservam-se na igreja algumas peças
notáveis de arte sacra.



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