Alexandrina de Balasar |
AVER-O-MAR Padroeiro – Nossa Senhora das Neves
NA ONDA DA EUCARISTIA…
A CEIA PASCAL
«Vede, a mão daquele que Me vai entregar está comigo à mesa!» Lc. 22, 21)
Foi doloroso e arrepiante o ler no coração de Judas os maus instintos, a falsidade que tinha para com Jesus e ser por seus olhares venenosos contemplado! Judas fitava Jesus com maldade e, sem querer fazê-lo, fazia-o para disfarçar. Jesus fazia-o com doçura e bondade para o convidar a Si. Ele oferecia-lhe o Coração e queria abraçá-lo. Que doces convites a um coração de pedra, a um rochedo que não se move! Dois quadros tão diferentes: uma traição sem igual e um amor sem igual. Quantos convites cheios de doçura a essa traição! O traidor resiste, a nada se rende; não se sente bem ao pé do Cordeirinho vítima inocente. Tinha dentro em mim, bem gravados na alma, dois olhares: o de Jesus e o de Judas. Que diferença! O de Jesus, terno e a espalhar amor. O de Judas, esgazeado, desesperador. Possuía também dois corações, os dos mesmos: o de Jesus, cheio de bondade e de santos convites; o de Judas, cheio de rancor e ódio. Vem a traição, a venda do que há de mais belo e inocente, a entrega, a falsa entrega. A amargura da minha alma não pode subir mais alto.
De A Paixão de Jesus em Alexandrina Maria da Costa
Ó Jesus, cá está a Mãezinha, escutai-a
Ó Jesus, cá está a Mãezinha, escutai-a, é Ela quem Vos vai falar por mim. Ó querida Mãezinha do Céu, ide dar beijinhos aos sacrários, beijos sem conta, abraços sem conta, mimos sem conta, carícias sem conta, tudo para Jesus sacramentado, tudo para a Santíssima Trindade, tudo para Vós. Multiplicai-os muito, muito e dai-os de um puro e santo amor, dum amor que não possa mais amar, cheios de umas santas saudades por não poder ir eu beijar e abraçar a Jesus sacramentado e à Santíssima Trindade, a Vós, minha Mãe querida. Pois não sois Vós a criatura mais amada e mais querida de Jesus? Oh, dai-os então em meu nome, com esse amor com que amais e sois amada! Autobiografia
NOTA HISTÓRICA
Paróquia muito recente (criada em 1929), foi de lá natural Francisco Gomes de Amorim, o biógrafo de Almeida Garrett. No romance As Duas Fiandeiras, refere-se à Santa Cruz de Balasar. A Enciclopédia Católica dedica-lhe um verbete (veja-se aqui: http://www.newadvent.org/cathen/06632b.htm)
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