Carolina
Francisca Gerhardinger nasceu em 20 de junho de 1797 no subúrbio da cidade de
Regensburg-Stadtamhof,
na Alemanha. Pertencia a uma família de classe média
muito religiosa e com ela aprendeu desde cedo os valores humanos e cristãos.
Carolina estudou
na escola das Irmãs de Notre Dame, mas durante o governo napoleónico as
instituições religiosas foram suspensas, inclusive essa na Alemanha. Por isso o
bispo decidiu escolher as três melhores alunas e formá-las professoras, para dar
continuidade ao ensino das crianças daquela comunidade. Carolina foi escolhida
por ser muito aplicada e responsável nos seus deveres de filha e aluna.
Ainda muito
jovem, recebeu o diploma de professora primária, começando o trabalho de
educadora de crianças e jovens, função que exerceu até 1833. Nessa época, a
restrição napoleónica foi suspensa e as instituições religiosas puderam retomar
a tarefa do ensino.
A jovem Carolina
acolheu o chamado de Deus e tornou-se uma religiosa. A sua grande preocupação
era que os seus alunos se tornassem pessoas felizes e preparadas para a vida. E
essa inquietação lhe deu a ideia de criar uma congregação religiosa organizada
de maneira que pudesse enviar, duas a duas, professoras para atender as escolas
rurais.
Com a orientação
do bispo, em 1833 fundou a congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, em
Neunburg vor dem Wald, na Baviera, Alemanha, sendo eleita a superiora.
Um de seus
grandes desafios era oferecer uma boa educação às crianças e jovens,
principalmente às mais pobres e abandonadas. Acreditava que uma boa educação
humana e cristã era fundamental para a mudança da sociedade.
Em 1835, fez sua
profissão pelas mãos do bispo de Regensburg, trocando o nome para Maria Teresa
de Jesus. Com a ajuda do imperador Ludovico I da Baviera, transferiu a Casa mãe
de Neunburg para Mónaco. Ela administrou e desenvolveu a congregação, de modo
efervescente, apesar das inúmeras dificuldades, durante quarenta anos.
Em 1847, Maria
Teresa de Jesus, aceitando o pedido dos missionários americanos, partiu junto
com mais cinco religiosas para os Estados Unidos. Ali, com a ajuda do beato João
Neumann, fundou um orfanato em Baltimore, abriu escolas em Pittsburg e
Philadelphia, destinadas a atender os filhos dos emigrantes alemães. Três anos
mais tarde, a congregação já se expandira por toda a Alemanha, ultrapassando as
fronteiras para a Hungria e a Inglaterra.
Em 1859, a
fundadora foi nomeada superiora-geral vitalícia. Após uma grave enfermidade, ela
morreu no dia 9 de maio de 1879, em Mónaco, na Casa mãe da sua congregação. Em
1985, o papa João Paulo II proclamou-a beata Maria Teresa de Jesus, instituindo
sua festa litúrgica para o dia de sua morte.
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