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Maria do Divino Coração
Religiosa do Bom Pastor, Beata
1863-1899

A irmã Maria Droste nasceu a 8 de Setembro de 1863, em Münster, na Alemanha, no dia da Natavidade de Nossa Senhora com o seu irmão gémeo Max.

Filha dos condes Droste Zü Vichering, (conde Cle-mente e condessa Helena), os pais da irmã Maria casaram-se no dia de Nossa Senhora das Neves, a 5 de Agosto.

Á nascença, devido a perigo de vida, a irmã Maria foi logo baptizada, e o seu nome veio a ser Maria Joana Francisca Teresa Antónia Humberta Droste Zü Vichering.

Na sua educação, a irmã Maria foi sempre ensinada a respeitar os seus criados. A irmã Maria tinha tam-bém uma vida muito organizada já que tinha mo-mentos para tudo (estudar, rezar, etc.).

Apesar de ser filha de condes, ela gostava de subir às árvores, tinha um temperamento forte e cresceu sempre como todas as crianças; a irmã Maria tam-bém gostava de cavalgar, e também tinha uma cara-cterística especial, que era o de arranhar as pessoas para defender o seu irmão Max.

A sua Primeira Comunhão foi a 25 de Abril de 1875 — noventa e nove anos antes da “Revolução dos cravos” de 25 de Abril — e fez o seu Crisma a 8 de Julho do mesmo ano.

Maria teve 11 irmãos, mas 2 morreram muito peque-nos, e duas irmãs tornaram-se também religiosas.

As suas aulas foram sempre em casa (castelo de Darfeld) até aos 15 anos, a partir daí, ela foi para o colégio das Irmãs do Sagrado Coração em Riedinbürg.

Durante dois anos em que ela esteve no colégio, ela aprendeu a controlar-se nas suas acções, e aprendeu um lição importante:  "A devoção ao Coração de Jesus sem espírito de sacrifício não passa de imaginação."

Um dia, a irmã Maria ouviu o chamamento de Deus, mas por fraca saúde, a irmã Maria apenas pôde ser religiosa a 21 de Novembro de 1888, entrando para o Bom Pastor em Münster.

Ao entrar para a Congregação, recebeu o nome de irmã Maria do Divino Coração.

Depressa foi-lhe feito o pedido de que ela viesse para Portugal, aos seus 31 anos, esta separação custou-lhe imenso, e principalmente por causa do seu irmão Max. A sua adaptação foi difícil, já que a irmã Maria apenas sabia latim, francês, inglês e alemão.

Depois de três meses passados em Lisboa, chegou ao Porto como Superiora do Recolhimento do Bom Pastor, onde surgiram grandes dificuldades económicas, então como não podia pagar a renda da casa do Bom Pastor, a irmã pediu a seu pai que comprasse a casa; mas seu pai exigiu que a casa lhe fosse paga em prestações.

Conseguiu, mercê de muita tenacidade e absoluta confiança no Coração de Jesus, transformar aquela casa em ruínas num florescente jardim de Deus.

Doente durante três anos, afectada por uma osteomielite, a irmã Maria veio a falecer — 6 de Junho de 1899 — nas vésperas da realização de seu ardente desejo: a consagração do mundo inteiro ao Sagrado Coração de Jesus, por Leão XIII.

Aquando a sua morte, o pai de Maria deu a escritura da casa às irmãs do Bom Pastor.

A Irmã Maria ofereceu a Deus o seu sofrimento, unindo-se ao Servo Sofredor que continuamente oferece a sua vida pela salvação do mundo.

Em Ermesinde, ergue-se majestosa a igreja do Sagrado Coração de Jesus. Ali, diante da Hóstia consagrada em constante exposição, ajoelham perpetuamente almas em adoração reparadora.

Beatificada pelo Papa Paulo VI a 1 de Novembro de 1975, espera-se actualmente que a irmã Maria do Divino Coração seja canonizada.

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