Maria morreu em 300, e era uma escrava de um romano chamado Tértulus.
Foi convertida ao cristianismo e estava sempre a orar e a jejuar o
que despertava certa desconfiança da sua "Dona" que era muito
supersticiosa.
Durante as perseguições do Imperador Diocleciano, Tértulus que
gostava muito dela, usou de todos os meios para que ela renunciasse
ao cristianismo, tendo inclusive a açoitado e a prendido em uma cela
escura, com apenas pão e água, por 30dias. Mas de nada adiantou.
Acabou presa e entregue ao procônsul com a acusação de ser uma
cristã, a despeito dos esforços de Tértulus para salva-la.
Os
"Actos do Martírio" de Santa Maria, a escrava, escritos por escribas
romanos que tinham ordem de enfatizar apenas o martírio, quase nada
dizem sobre ela. Assim também não se sabe se Tértulus, a amava e
tinha relações com ela (o que era comum, na época, entre a escrava
e seu amo) ou se era apenas uma grande admiração pela sua
competência como serva e doméstica.
Maria foi duramente martirizada para renunciar a sua fé. Os "Actos"
dizem diz que o seu martírio foi tão terrível, que afinal, os
espectadores exigiram a sua libertação e ela foi entregue a custódia
de um soldado. Santa Maria, a escrava o converteu e ele a ajudou a
escapar. Diz a tradição que a paz com que enfrentou seu martírio
teria convertido vários espectadores inclusive Tértulus . Diz ainda
que ela teria morrido em consequência do seu martírio. Outra versão
diz que ela teria conseguido sobreviver e veio a falecer bem mais
tarde, feliz e de morte natural. Não obstante, ela é venerada como
mártir, devido a intensidade dos seus sofrimentos. |