Alexandrina de Balasar

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João Baptista Machado
jesuíta, missionário, mártir
primeiro santo da diocese de Angra do Heroísmo

João Baptista Machado de Távora nasceu em Angra do Heroísmo (Açores), em 1581, de uma família nobre e, com sete anos apenas, tendo ouvido falar do Japão e dos costumes orientais, anunciou o seu desejo de ir evangelizar aquelas terras. Aos 16 anos entrou para o noviciado da Companhia de Jesus.

Quatro anos mais tarde, ei-lo a caminho de Macau onde terminou os seus estudos.

Em 1614, estava ele já no Japão, cuja língua tinha aprendido, quando uma lei impediu a presença de qualquer estrangeiro naquele país. Começou então uma fase de clandestinidade para a evangelização do Japão, pelo que João Baptista se afastou da capital (Nangasáqui), dedicando-se a anunciar a Boa Nova aos camponeses.

Foi apanhado e preso em 1617 mas nem assim deixou de evangelizar os carcereiros e de endereçar cartas de conforto e incitamento aos missionários e cristãos espalhados pelo país.

Na segunda-feira da festa da Santíssima Trindade, do ano de 1617, os padres João Baptista Machado  e Pedro da Ascensão, franciscano, foram levados, para serem supliciados, para um lugar chamado Omura, no Japão.

Tanto um como outro levavam na mão o crucifixo e davam, à multidão que se aglutinava nas bermas da estrada, e depois os seguia, um testemunho de fé e também da alegria que os animava de serem mártires, de darem a vida por Jesus Cristo.

O Padre Ascensão dizia ter pedido essa graça ao céu desde há muito; quanto ao Padre João Machado, ele dizia desfrutar de três grandes dias na sua vida: o de ter ingressado na Companhia de Jesus, o dia em que fora condenado e, agora aquele em que ia ser martirizado por amor a Jesus. Mas estas palavras não eram ouvidas por todos os assistentes, visto que os gritos e os choros dos cristão eram mais fortes e cobriam as palavras do sacerdote.

Chegados ao local do suplício, o Padre Ascensão, fazendo um gesto com a mão, pediu silêncio e fez uma pregação sobre a tolerância. O seu discurso foi comovente mas curto, porque os oficiais encarregados de cumprir a sentença começavam a impacientar-se. O Padre João Machado, com a sua bonomia habitual, pediu-lhe que se cala-se e, o franciscano, com uma humildade mais admirável ainda, calou-se e, depois de abraçar o seu companheiro, ambos se ajoelharam ao lado um do outro e corajosamente apresentaram o pescoço descoberto àqueles que os iam degolar.

A cabeça do franciscano caiu ao primeiro golpe. Quanto à de João Baptista Machado, depois de sofrer dois golpes sucessivos, continuou ligada ao corpo. Ele levantou-se, cambaleando, voltou a ajoelhar-se e, um terceiro golpe foi necessário para o imobilizar definitivamente.

Os cristãos que assistiram ao martírio  e que já eram muito numerosos , aproximaram-se dos corpos inertes e com muita devoção os recolheram para os sepultarem religiosamente.

Muitos outros cristãos, tanto japoneses como europeus, leigos e sacerdotes, iriam em breve seguir o mesmo destino e sofrer o martírio pela fé em Jesus Cristo.

Mas, “o sangue dos mártires é semente de cristãos!...”

O papa João XXIII declarou-o padroeiro principal da diocese de Angra em 1962.

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