Prólogo
Embora só desde há uns seis anos tenha começado a estudar de
modo sistemático a história de Balasar, já antes tinha abordado
alguns temas dela. Do trabalho entretanto realizado, resulta
hoje material para um grosso volume, que é o que aqui se vai
poder ler.
Para os amigos da Beata Alexandrina, penso que será um auxiliar
precioso.
O
estudo duma freguesia extensa e rica como Balasar é tarefa
complexa. Não houve nela um monumento de valor artístico, como
Rates; não teve uma casa nobre e antiga, como a dos Cavaleiros
do Outeiro Maior; não teve figuras de projecção nacional em
tempos recuados. Mas ainda assim teve uma Pousa Real na distante
Idade Média; teve uma casa nobre recente que chegou a pertencer
a um intelectual tão relevante como o Visconde de Azevedo; teve
a Santa Cruz, que lhe trouxe milhares de visitantes; teve uma
unidade industrial tão significativa como a Algot; teve e tem a
riqueza das suas casas tradicionais e modernas, dos seus férteis
campos, o trabalho, a dedicação, a criatividade das suas gentes,
o dom do rio que a atravessa. E tem hoje a Beata Alexandrina que
lhe leva o nome a todos os continentes.
Foram muito variadas as fontes de que me servi ao longo dos anos
em que trabalhei o tema: fontes orais, toponímia, artigos do
Boletim Cultural, assentos paroquiais, documentos relativos à
Santa Cruz, o Tombo da Comenda, um arquivo particular, listas de
eleitores, actas da Junta, imprensa poveira, livros publicados
que trazem alguma informação sobre a história da freguesia,
etc., etc.
Um
estudo assim implica com saberes muito diversos, o que alarga
proporcionalmente a margem para as imprecisões. Mas ficam aqui
ao menos pistas que um dia outros poderão desenvolver com um
conhecimento mais especializado.
A
todos aqueles que de algum modo nos auxiliaram, nem com que
fosse com uma palavra de incentivo, expressamos a nossa
gratidão. Para o Sr. António Machado, origem da ideia deste
livro, que ele sempre acarinhou, vai um agradecimento especial.
José Ferreira
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