Francisca Aldea
Religiosa, Mártir, Beata
(1881-1936)
 

Francisca Aldea, filha de Paulo e Narcisa, nasceu em Somolinos, Diocese de Sigüenza-Guadalajara (Espanha), no dia 17 de Dezembro de 1881. Órfã de pai e mãe, desde criança foi acolhida como interna no Colégio Santa Susana, das Irmãs da Caridade do Sagrado Coração de Jesus, em Madrid. Aos dezoito anos ingressou no Noviciado desse Instituto e emitiu os votos temporais em 1903. Depois de receber o diploma de Professora trabalhou no campo do ensino até 1916, quando foi eleita Conselheira e mais tarde Secretária-Geral. Quando estalou a perseguição religiosa, ela exercia o cargo de Administradora-Geral, com residência no Colégio Santa Susana.

O martírio

No dia 20 de Julho de 1936, os revolucionários assaltaram o Colégio e, a pedido da Superiora da Casa, consentiram que a Madre Rita Dolores, bastante idosa, cega e doente, e a Irmã Francisca, também ela bastante doente, se refugiassem noutro lugar. Mas duas horas depois, outro grupo revolucionário irrompeu no apartamento onde elas se encontravam, arrastando-as violentamente pelas escadas e conduzindo-as para fora de Madrid, e no lugar de nome Canillejas elas foram fuziladas. Os médicos, que fizeram a autópsia no dia seguinte, ficaram maravilhados porque as Servas de Deus conservavam os membros flexíveis, como se tivessem acabado de morrer, e emanavam um perfume muito intenso e agradável. Em 1940 foram exumados os cadáveres que apareceram incorruptos, contribuindo para que se difundisse a fama do martírio e se pensasse na introdução da causa de Beatificação. Os restos mortais dessas duas Religiosas repousam agora na Capela do Colégio das Irmãs dessa Congregação em Villaverde, perto de Madrid.