Alexandrina de Balasar

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FRANCIS REYNOLDS

 R.I.P. 04/09/06

 Por Jocie Mc Evoy

 

Francis nasceu em Co. Cavan, Irlanda, numa família de oito filhos. A sua Primeira Comunhão foi um acontecimento mito importante na sua vida pois a partir daí sentiu uma grande atracção para o sacerdócio. Contudo, tal não viria a realizar-se – Deus tinha outros planos, que só viriam a ser revelados 40 anos mais tarde.

Entretanto Francis emigrou para a Inglaterra onde empreendeu um negócio de sucesso como cabeleireiro.

Casou com Sheila e tiveram três filhos. Quando se reformou voltou para a Irlanda e fixou-se em Belturbet, Co. Cavan.

Nessa altura, provavelmente começos dos anos 90, Francis participava na Missa todos os dias. Um dia, ao voltar da Missa, encontrou alguns folhetos religiosos na caixa do correio, entre eles uma estampa da «Serva de Deus Alexandrina Maria da Costa». E o impacto que sentiu foi tão forte que se viu obrigado a saber algo sobre a Alexandrina.

Tal não foi fácil pois onde quer que se dirigia ninguém a conhecia. Por fim descobriu no canto esquerdo uma direcção em letras minúsculas do Dr. Tom Smith, Ballybay, Co. Mougham, a quem se dirigiu. Este senhor durante anos promoveu a Causa da Alexandrina e até já tinha visitado Balasar. Ficou muito contente por ajudar Francis e deu-lhe todas as informações.

Em 1993 Francis decidiu fundar uma sociedade para dar a conhecer a Alexandrina. A Missa da inauguração celebrou-se numa pequena igreja, muito bela, em Redhills, Co. Cavan. O Pároco, Rev. Brian Brown, ficou como nosso conselheiro espiritual. Logo a seguir inscreveram-se os primeiros membros, os quais foram aumentando. Tornou-se necessário publicar um boletim algumas vezes durante o ano, celebrar uma Missa anual e promover um encontro no Santuário de Nossa Senhora de Knock, Co. Mayo. Confeccionou-se uma bandeira da Associado da Alexandrina da Irlanda e um dos nossos membros organizou uma peregrinação a Fátima com um dia em Balasar. Esta peregrinação tornou-se anual.

Infelizmente por motivos de saúde Francis nunca pôde acompanhar-nos.

Francis tinha uma gravação que explicava como viera a conhecer a Alexandrina. Não podendo escrever a cada membro, ele telefonava, mesmo para grandes distâncias. Uma vez telefonou para um membro, uma senhora do Sri Lanka. Atendeu o marido, muito zangado. Não admira, eram lá quatro horas da manhã.

Entretanto a saúde de Francis começou a deteriorar-se e as suas estadas no hospital tornaram-se frequentes, mas nunca perdeu uma oportunidade de promover a sua querida Alexandrina.

Uma vez, ao ser visitado pelo novo Pároco em sua casa, perguntou-lhe se tinha ouvido falar da Alexandrina. Como a resposta foi negativa, Francis ofereceu-lhe a gravação, sob a condição de que iria ouvi-la. O sacerdote pô-la de lado pois tinha intenção de a ouvir numa viagem de carro, o que não chegou a acontecer pois teve que visitar Francis no hospital.

Ele estava nos cuidados intensivos. Quando o Pároco entrou, Francis parecia estar adormecido, mas perguntou-lhe imediatamente “ouviu a gravação?” e ao ouvir a resposta “Não, ainda não”, fechou os olhos e respondeu: “Olhe, é como os outros, são todos iguais”.

Foi frontal e honesto, um traço que nem sempre é apreciado.

Sofreu bastante nos últimos meses da sua vida, quer fisicamente, quer pelas humilhações causadas pela sua total incapacidade. Para um homem tão simples como Francis tudo isto foi uma grande prova.

Em meados de Agosto, tornou-se óbvio que pouco já podia ser feito por ele e assim foi enviado para casa, em Belturbet. Morreu nos braços da Sheila em 4 de Setembro. Que descanse em paz.

Quando o funeral se dirigia para a igreja local, eu não podia deixar de pensar nas palavras da Alexandrina: “Quando ouvirdes os sinos a tocar pela minha morte, rezai e agradecei a Jesus e à Maezinha por terem vindo buscar-me”.

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