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 Que amigos procuramos na vida

De facto, levamos uma vida inteira à procura do amigo perfeito.

-  Procuramos um amigo encantador e não o encontramos.

E não descobrimos que Jesus é o mais belo e encantador dos filhos dos homens.

«As multidões sentem-se atraídas para Ele. Esquecem-se até de comer. Querem retê-lo para que nunca mais as abandone, podemos ler em  Lc. 4».

Um raio da sua face torna completa a felicidade dos eleitos. Se, do Alto, Ele se nos manifestasse, nem que fosse com a rapidez do relâmpago, não desejariamos ver mais nada. O mundo torna-se-ia um paraíso.

- Procuramos um amigo que esqueça a sua grandeza e se familiarize connosco.

Deslumbremo-nos, pois Jesus cobriu com um véu a sua glória e desceu do trono celeste. Assumiu a nossa condição humana. Corpo e alma. Habitou entre os humildes, conversando e comendo com os pecadores, ou seja conversando comigo e contigo, porque todos somos pecadores, fez-se nosso familiar, porque a verdadeira amizade só existe entre iguais.

- Procuramos um amigo que possamos consultar, disponível em qualquer ocasião, convencidos de que lhe agradamos sempre, porque a amizade nada oculta.

Olha, Jesus está sempre incansável ao nosso dispor. Deixa-nos a sua doutrina, cada palavra é um segredo vivido no seio do Pai e que Ele deseja comunicar aos seus amigos.

Aproximemo-nos do Sacrário. Está ali esse amigo dia e noite. Mais ainda. Sem nos importunar, estará em mim e em ti de modo especial se o quisermos aceitar. De tudo o que nos rodeia nada lhe escapa, nem uma só palavra, pensamento ou desejo.

Ele conhece-nos perfeitamente e, ama-nos.

- Procuramos um amigo que nos convide a entrar em casa de seus pais, e que uma vez ali nos consideremos filhos da casa.

Jesus, que conhece os nossos desejos mais íntimos, adianta-se a esses nossos desejos. Nós somos irmãos d’Ele. O seu Pai é também o nosso Pai, sua Mãe é também a nossa Mãe, a Casa será a nossa herança, pela graça santificante, somos da família.

- Procuramos um amigo compassivo. Com uma compaixão sincera que acalme o coração, assim como um copo de água fresca sacia a nossa sede.

Ora Jesus, diz o Evangelho, «Vendo as lágrimas da irmã de Lázaro, estremeceu na sua alma, e deixou expandir a sua emoção e chorou», podemos ler em Jo. 11, 34. As suas lágrimas eram tão sinceras que os assistentes compreenderam que partiam do amor mais puro. «Vede, diziam, quanto o amava!».

Acalmou o coração daquela mulher sofredora, foi bálsamo para o seu sofrimento.

É Ressurreição para todas as nossas mortes.

- Procuramos um amigo dedicado até às últimas consequências que fosse capaz de nos dizer; «Amo-te e sou capaz de fazer por ti todos os sacrifícios, excepto morrer por ti»

Jesus disse aos seus Apóstolos e seus discípulos: «Não há maior prova de amor que dar a vida por aqueles que amamos» (Jo. 15, 13). Ele morreu por mim e por ti.

Esta é a sublime forma de amar.

- Procuramos um amigo que seja paciente, mesmo sendo conscientes que na vida o mais pequeno desentendimento pode transformar a amizade em ódio.

Jesus desculpa e perdoa sempre. Cada pecado mortal é um rompimento da nossa parte, cada pecado venial, uma indelicadeza. Para estes nossos fracassos, a absolvição é a reconciliação oferecida por Jesus.

Pedro e Judas estiveram juntos do Mestre no Getsémani.

O primeiro para o negar, por respeito humano, com medo de um sorriso, o outro, para prosseguir na traição, induzido pela avareza.

Foi selvagemente agredido, maltratado, ofendido no mais íntimo do seu ser, e por fim foi cravado numa cruz.

E como reagiu Jesus?

No alto daquela Cruz com o seu coração pleno de Amor exclamou: - «Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».

- Procuramos um amigo fiel, aconteça o que acontecer.

Não tenhamos dúvidas, só Jesus é fiel.

Diz São Paulo «Eu sei, em quem confio» (2 Tm 1, 12).

Enquanto tivermos riqueza e algum poder, estaremos rodeados de amigos.

Sobre isto podemos ler no livro Eclesiastes «Aquele é amigo porque se senta à tua mesa, mas deixará de o ser no dia da tua infelicidade, e quando caíres na humilhação, ele será teu inimigo.

Quando chegar a provação, a doença, os revezes, a velhice e por fim a agonia, quantos ficam?

No entardecer do dia até a nossa própria sombra nos abandona.

Apenas Jesus estará sempre presente para nos consolar.

Podemos ler no livro Imitação « O amor da criatura é enganador e mutável, o amor de Jesus é fiel e perseverante. Ama e conserva esse amigo que nunca te há-de abandonar, mesmo que os outros te abandonem».

Não percamos mais tempo á procura daquilo que nunca encontraremos, porque o tempo é precioso.

O amigo que procuramos está no Sacrário, escondido naquele pão branco que se dá em alimento, esperando pacientemente por mim e por ti para nos dizer o que o Pai disse a Moisés no Monte Sinaí «EU SOU».

Eu sou Aquele que é, por isso Sou tudo aquilo que os outros não são, por isso não procuremos mais.

Unamo-nos a este amigo, amemo-Lo apaixonadamente como fizeram todos os Santos e adoremo-Lo na Sua presença Eucarística em todos os Sacrários da Terra.

Fernando Luis Santana Conceição, diácono

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