Elisabete Ana Bayley nasceu em Nova Iorque, onde cresceu e
constituiu família dentro do protestantismo
anticatólico
dos Estados Unidos, no final do século dezoito. Catarina sua mãe,
era filha de pastor anglicano e Ricardo seu pai, era um médico
famoso e muito bem conceituado na comunidade. A menina veio ao mundo
no dia 28 de agosto de 1774.
A
infância de Elisabete foi muito infeliz, perdeu a mãe aos três anos
de idade e sua madrasta a maltratou por anos e anos. Ela cresceu
solitária pois, seu pai só pensava em seus compromissos
profissionais, dando-lhe pouca atenção. Seu consolo era a Bíblia,
que lia muito e sobre cujos ensinamentos meditava achando a paz.
Enfim, aos dezenove anos casou-se com Guilherme Selton, um rico
comerciante nova-iorquino e teve cinco filhos.
Mas uma
grave tuberculose que acometeu o marido mudou sua vida. A família se
transferiu para a Itália, onde ele esperava encontrar a cura. Lá
ficaram hospedados na casa de uma família italiana, a dos amigos
Felicchi. A cura do marido não veio e ele acabou falecendo.
Entretanto, durante o tempo em que ficou naquela residência e país,
Elisabete conheceu o catolicismo e se converteu. Era o ano 1805.
Ao
voltar para a pátria, viúva e com os filhos para criar, seu calvário
só aumentou. Contou sobre sua conversão à família, sendo então
desprezada e depois abandonada. O mesmo o fez a sua comunidade.
Elisabete, então com vinte e nove anos, passou inúmeras dificuldades
materiais, sentindo na pele a marginalização a que era relegada a
minoria católica. Até seus filhos deixaram de ter acesso à escola.
Elisabete, seguindo a orientação do Arcebispo de Baltimore e
unindo-se a uma amiga de fé, Cecília da Filadélfia, criou em 1808,
apesar de toda a oposição já citada, a primeira escola paroquial nos
Estados Unidos. Esta escola de Baltimore é considerada um marco que
muito contribuiria nos anos seguintes para a expansão da Igreja
Católica naquele país.
Em
junho de 1809, sempre sob a orientação do Arcebispo, ela fundou uma
nova instituição religiosa feminina totalmente norte americana, a
Ordem das Irmãs de Caridade de São José, para a qual doou todos os
seus bens. A instituição, com a finalidade de proporcionar: educação
cristã e cura de doentes, progrediu rapidamente. Assim, em 1812
obteve aprovação canónica para seguir as regras de São Vicente de
Paulo. Actualmente a Ordem continuam cumprindo com suas funções em
todo o território dos Estados Unidos e alguns países da América
Latina, contando com milhares de integrantes.
Ainda
jovem, aos quarenta e sete anos de idade, Elisabete Ana Bayley
Selton morreu no convento de Maryland no dia 4 de janeiro de 1821.
Ela foi a primeira cidadã norte americana a ser beatificada, em
1963, pelo Papa João XXIII. Depois, foi canonizada pelo Papa Paulo
VI, em 1975, não por acaso no Ano Internacional da Mulher.
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