Desde
Setembro de 2009, há duas biografias da Beata Alexandrina em
francês. Uma é nova tradução do livro do P.e Mariano Pinho Uma
Vítima da Eucaristia — em francês Une Victime de l'Eucharistie — e
a segunda é um trabalho original de Paulette Leblanc e tem por
título Alexandrina de Balasar.
“Une
Victime de l'Eucharistie”
O livro
do P.e Mariano Pinho já tinha sido editado naquela língua, em
Grenoble, em data aliás muito próxima da edição original portuguesa.
A actual edição, sem ilustrações, ocupa mais de 200 páginas, o que é
significativo do cuidado tido para que a leitura viesse a ser a mais
fácil possível.
A
tradução é de Afonso Rocha e, tanto quanto podemos ajuizar pelo
nosso francês bastante elementar, trata-se duma boa tradução, feita
por quem possui um largo conhecimento da língua para que está a
traduzir.
Uma
vítima da Eucaristia
é uma conceituada biografia, mesmo que o P.e Mariano Pinho a tivesse
visto como um trabalho provisório, à espera dum estudo mais
completo, que resultou em No Calvário de Balasar.
“Alexandrina
de Balasar”
O
“ensaio biográfico” de Paulette Leblanc, Alexandrina de Balasar,
merece-nos uma referência entusiasta. Desde logo por vir de quem
vem, pois a autora possui uma longa bibliografia em temas de
mística.
Sobre a
admiração já antiga de Paulette Leblanc pela Beata Alexandrina, esta
sua frase é bem expressiva:
“Estou
cada vez mais surpreendida com a Alexandrina! Já trabalhei sobre a
vida de muitos santos e de místicos, mas confesso que raramente
encontrei um que fosse tão íntimo com Cristo”.
Como o
P.e Mariano Pinho, que ao escrever Uma vítima da Eucaristia
já estava a pensar numa obra mais completa e mais em profundidade,
também esta autora tem em vista um novo estudo sobre a vida e a
espiritualidade da Beata Alexandrina. Quem se aproxima dela depois
não a larga.
Respigamos do livro esta citação:
“À
medida que avançávamos na descoberta da alma da Alexandrina, o nosso
espanto crescia. Mas o que mais nos maravilhou foi a sua coragem
face aos sofrimentos, que aceitou por amor a Jesus e pela salvação
de incontáveis almas”.
Alexandrina de Balasar
é apenas um opúsculo. Verdadeiramente o que o valoriza é o muito
saber da autora, mesmo em relação à biografada. A obra também não
possui ilustrações, usou o mesmo formato de Une Victime de
l’Eucharistie — e ocupa metade das páginas da biografia escrita
pelo P.e Pinho. Pela sábia e segura orientação e pela abundância das
citações, faz lembrar os livros da D. Eugénia Signorile.
A
editora destes dois livros é uma associação criada pelo Afonso
Rocha, que dá pelo nome de Alex-Diffusion e que tem sede em 12 rue
Boudet, 51100 Reims, France. |