01 - A
DOR É O ESCUDO DA SALVAÇÃO
«Vim ao mundo trazer a
paz. Quero dar a todos a minha paz. Minha filha, minha filha, o Rei
Divino está no palácio do teu coração, sentado no trono da maior
realeza. Este trono está adornado das mais puras e heróicas
virtudes. O perfume é delicioso, tem o aroma das rosas. Aqui, minha
filha, sim, neste trono encantador, Eu posso esquecer os crimes com
que sou ofendido. É deste trono que Eu falo, é daqui que Eu suplico.
Coragem, coragem, a dor é o escudo da salvação» (Sentimentos da
Alma, 04-10-1952).

De facto, o Senhor Jesus
encarnou, viveu, padeceu e morreu, fazendo-se igual a nós em tudo
excepto no pecado, para nos trazer e dar a paz, não uma paz
qualquer, mas a verdadeira paz espiritual, visando acima de tudo a
nossa eterna salvação, e tudo isso gratuitamente, só por amor, pelo
que toda a humanidade O deve reconhecer como seu único Redentor e
Salvador.
E para tal Ele escolheu os
Seus doze apóstolos, muitos discípulos, imensas almas santas e
místicas durante estes últimos dois milénios, sendo uma delas a
Beata Alexandrina.
E fez da alma dela um
palácio e do seu coração um trono, onde Ele mesmo sente uma enorme
felicidade em morar e reinar, quase tanto como no Seu palácio
celestial rodeado de Sua e nossa Santíssima Mãe, de todos os Anjos e
Santos.
E Jesus considera esse
trono corporal e espiritual da Alexandrina como sendo um magnífico
templo do Espírito Santo, adornado das mais angélicas virtudes, cujo
delicioso perfume é comparável ao das rosas, ao ponto de até mesmo
esquecer os crimes com que é ofendido pela humanidade pecadora,
porquanto as muitas e grandes virtudes de Alexandrina, assim como
todo o seu amor e reparação para com Jesus, desfazem ou suavizam em
grande parte tantos delitos, tantos sacrilégios e ingratidões.
Todavia, não se trata
simplesmente de um trono de amor e prazer, mas sobretudo de amor e
sofrimento, da dor e reparação que purifica, redime e salva todos os
pecadores sinceramente arrependidos, nomeadamente através das
preciosas orações e penitências da Beata Alexandrina.
José
Luís Silva |