Século
VII. Na França, a pequena Bertila, nascida em 630, de pais nobres e
piedosos, não sentia satisfação com a vida fútil só de folguedos e
festas. Com o passar dos anos, aumentou essa insatisfação e a
certeza de
que não encontraria a felicidade nos prazeres que o mundo
oferecia, nas aldeias e nos palácios. Dizia sempre que sua vida
estava destinada à caridade e à humildade a serviço de Deus. E assim
aconteceu.
No
início da adolescência, a seu pedido e com aprovação dos pais,
ingressou no Mosteiro beneditino de Jouarre, próximo de Paris. A
superiora era a própria santa Teodequildes, que logo percebeu a
extrema vocação de Bertila. De fato, mesmo com pouca idade, ela
assumiu com dedicação vários cargos de responsabilidade. Acabou
sendo indicada para dirigir o novo Mosteiro de Chelles, fundado pela
rainha Batildes, esposa do rei Clóvis II, e construído também nos
arredores de Paris.
Bertila foi para lá no ano 659, como abadessa. O fervor que
transmitia na piedade e caridade contagiou todas as religiosas. A
fama de celeiro de santidades do mosteiro ganhou as cortes de toda
Europa. E os pedidos para ingressar no Mosteiro de Chelles começaram
a chegar de todos os lugares. Eram dezenas e mais dezenas de
mulheres que queriam seguir o exemplo de humildade da abadessa
Bertila, abandonando a nobreza para dedicar a vida à penitencia,
oração e caridade, aos pobres e doentes abandonados.
Assim,
no Mosteiro de Chelles ingressaram várias princesas e rainhas. Até
mesmo a sua fundadora, rainha Batildes, que, influenciada pela jovem
abadessa, trocou a coroa pelo hábito beneditino.
A
incansável santa Bertila, como era chamada por todos ainda em vida,
dirigiu a instituição por quarenta e seis anos, até morrer em 5 de
novembro de 705. O seu corpo foi sepultado no cemitério do mosteiro,
local que logo se tornou rota de peregrinação dos fiéis, desejosos
de agradecer a intercessão da querida santa.
Mais
tarde, o culto foi confirmado pela Igreja e também a festa de santa
Bertila, que ocorre no dia de sua morte. As suas relíquias, hoje,
estão guardadas na bela Catedral de Chelles.
Fonte:
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