Muito
interessante a história do culto deste Santo de nome Benigno, até
porque o seu próprio nome é um adjectivo
que significa “bom”,
“benevolente”, “benéfico”, portanto, um atributo concedido a todos
os Santos.
No
Calendário Litúrgico da Igreja, são vários os personagens festejados
com este nome, cerca de dezoito, entre mártires, bispos, sacerdotes,
monges e ermitãos. Entretanto, o primeiro Benigno a ser venerado,
foi o que nasceu e viveu em Todi, na região da Úmbria, próxima de
Roma, no início do Cristianismo. Os registros confirmam que era um
sacerdote muito querido, sendo considerado por sua rectidão de
carácter e bondade. Padre Benigno enfrentou corajosamente o martírio
durante a última perseguição do imperador Maximiano.
Segundo
a tradição, ele estava sendo conduzido à Roma para ser jogado às
feras, quando morreu, em consequência das incessantes torturas a que
foi submetido. O fato teria ocorrido na estrada vizinha à cidade de
Vicus Martis, onde seu corpo que ali fora abandonado, foi recolhido
e sepultado secretamente pelos cristãos, que o acompanhavam à
distância e assistiram ao seu testemunho.
Anos
depois, quando os cristãos puderam deixar a clandestinidade, no
lugar onde Benigno esteve sepultado, foi construída uma igreja e um
mosteiro beneditino, e com o passar dos tempos a região se tornou
uma pequena cidade chamada Priorado de São Benigno. O local acabou
se tornando num ponto de peregrinação obrigatória para os seus
devotos, que estão espalhados no mundo inteiro, graças a sua memória
sempre reverenciada pelos beneditinos fixados nos cinco continentes.
Assim, as peregrinações aumentaram e se mantiveram, mesmo após o
mosteiro ter sido desactivado, alguns séculos mais tarde.
O
Priorado conservou os restos mortais de São Benigno, na igreja à ele
dedicada, até 1904, quando foram trasladados para a de São
Silvestre, na cidade do Vaticano, onde foram colocados ao lado do
altar maior, recolhidos numa preciosa urna de prata. Mas, a Igreja
deixou um fragmento para ser guardado naquele lugar onde Benigno, o
sacerdote de Todi, prestou o seu testemunho do amor incondicional à
Paixão de Jesus Cristo.
O Papa
Pelágio II, em 589 incluiu o culto de São Benigno, no Martirológio
Romano, cuja festa litúrgica indicou para o dia 13 de fevereiro, que
segundo a tradição foi quando ele morreu. No início do século XX, a
Santa Sé desejou reunir todas as relíquias dos mártires das
perseguições dos primeiros tempos nas igrejas situadas no Estado do
Vaticano, por este motivo ele também foi trasladado para lá.
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