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BEATA
ALEXANDRINA MARIA DA COSTA

13 de Outubro

Leitura do Cântico dos Cânticos   58, 6-7)

Grava-me como um selo no teu coração,
como um selo no teu braço,
porque o amor é forte como a morte
e a paixão é violenta como o abismo.

Os seus ardores são setas de fogo, chamas do Senhor.

As águas torrenciais não podem apagar o amor,
nem os rios o podem submergir.

Se alguém oferecesse todos os bens da sua casa em troca do amor,
só mereceria desprezo.

 

Salmo 148, 1-2.11-13a.13c-14

Louvai ao Senhor do alto dos céus,
louvai-O nas alturas.
Louvai-O, todos os seus anjos,
louvai-O, todos os seus exércitos.

Reis e povos do mundo,
príncipes e todos os juízes da terra,
jovens e donzelas, velhos e crianças,
louvem todos o nome do Senhor.

A sua majestade está acima do céu e da terra,
Ele exaltou a força do seu povo.
Louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel, seu povo eleito.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Lucas  (10, 38-42)

Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.

Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.

Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço.

Interveio então e disse : « Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me ».

O Senhor respondeu-lhe : « Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada ».

 

“Grava-me como um selo no teu coração”

Esta frase do Cântico dos Cânticos aplica-se maravilhosamente bem à Beata Alexan-drina que, bem nova ainda se consagrou a Deus e a Ele se ofereceu para ser vítima pelos pecadores, porque o seu amor era “forte como a morte”. Por isso mesmo, tam-bém ela poderia dizer desse amor, que “os seus ardores são setas de fogo, chamas do Senhor”.

Na sua autobiografia, podemos ler o que ela escreveu sobre esta acto heróico:

“Sem saber como, ofereci-me a Nosso Senhor como vítima, e vinha, desde há muito tempo, a pedir o amor ao sofrimento. Nosso Senhor concedeu-me tanto, tanto esta graça que hoje não trocaria a dor por tudo quanto há no mundo. Com este amor à dor, toda me consolava em oferecer a Jesus todos os meus sofrimentos. A consolação de Jesus e a salvação das almas era o que mais me preocupava”.

Mais adiante, na mesma Autobiografia, a Beata escreveu ainda:

“Meu Jesus, quero amar-Vos, quero abrasar-me toda nas chamas do Vosso amor e pedir-Vos pelos pecadores e pelas almas do Purgatório”.

Antes mesmo de ouvir aquelas três palavras que foram o lema de toda a sua vida – amar, sofrer, reparar –, já ela toda se entregava, já ela toda era oferta, já toda ela era amor e, “amor forte como a morte”! Eis porque razão ela “não trocaria a dor por tudo quanto há no mundo”, porque este sofrer era amor, “amor que arde sem se ver, ferida que dói e não se sente”, amor que nem “as águas torrenciais podem apagar”, amor que “nem os rios o podem submergir”.

Este amor brotava do coração da Beata Alexandrina e transformava-se em cântico mavioso, o cântico da esposa ao Amado, que num crescendo subtil e poético transbordava de alegria:

“Ó Jesus, eu Vos ofereço o dia e a noite, o calor e o frio, o vento, a neve, a lua, o luar, o sol, a escuridão, as estrelas do firmamento, o meu dormir, o meu sonhar, como actos de amor para os vossos Sacrários”.

“Sentada aos pés de Jesus, [ela] ouvia a sua palavra”, diz-nos o Evangelho de hoje referindo-se a Maria Madalena.

O mesmo se poderia dizer da Alexandrina, cujo único prazer era ouvir a voz do Senhor, a voz do Esposo celeste que tantas e tantas vezes a visitou, por isso mesmo se pode pensar e deduzir que a Beata Alexandrina “escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada”, porque ela sabia que “uma só coisa é necessária”: amar e que este amor se declinava para ela em amar, sofre, reparar.

Amem.

 

 

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