O santo que
lembramos neste dia nasceu por volta do ano 330, numa família rica em testemunho
cristão. O significado do seu nome teve muito haver com sua vida, já que,
significando rei, Basílio “reinou” nas Igrejas do Oriente com sua pregação,
doutrina e acção.
Antes do encontro
pessoal com Jesus, Basílio buscava pela sua cultura e inteligência a própria
glória e riquezas terrenas, mas a profunda amizade travada com São Gregório
Nazianzeno (comemorado também hoje), deu outro rumo à sua vida, orientando-o
para a ciência divina, a ascética cristã e confirmando para ambos, a força da
Palavra presente no livro do Siracida: “O amigo fiel é um refúgio seguro;
quem o encontrou achou um tesouro” (Sir 6,14).
São Basílio
conduzido pelo Espírito Santo pôde fazer várias viagens; conhecer a vida
monástica; aprofundar-se nos estudos e, no ano de 370 tornar-se bispo de
Cesareia. São Basílio, além de modelo de pastor, dedicou-se nas obras sociais,
fundando hospitais, abrigos, escolas e tudo o que os pobres precisavam. Como
combatente da inveja e apego ao dinheiro certa vez pregou:
“O pão que
você segura é o pão do faminto; o vestido que guarda em sua casa é de quem está
nu; a prata que guarda nos cofres é de quem passa necessidades”.
Este grande bispo
e doutor da Igreja tornou-se desta maneira santo em vida e não um “super-homem”.
Diante da saúde debilitada pela hepatite, Basílio permaneceu na Terra fazendo o
bem até o dia primeiro de janeiro do ano de 379, podendo acompanhar do Céu as
palavras do seu amigo São Gregório no dia do seu enterro:
“Basílio
santo, nasceu entre os santos. Basílio pobre viveu pobre entre os pobres.
Basílio filho de mártires, sofreu como um mártir. Basílio pregou sempre com seus
lábios, e com seus bons exemplos e seguiu pregando sempre com seus escritos
admiráveis”. |