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Anunciação a Maria
Antes de
conceber Jesus na sua carne, Maria O concebeu pela fé. Na Anunciação,
Maria ofereceu a Deus o voluntário Dom da sua submissão. Assim foi
mostrada a relação de amor esponsal entre Deus e a criatura humana.
Maria tinha
fé expressa na Encarnação futura (Profecia de Isaías 7). A sua fé em
Deus precede a Anunciação, mas é realizada pela fé na pregação do anjo.
Toda obra salvífica tem Deus como autor, mas este a prepara e realiza
pela mediação de alguns escolhidos, não par receber privilégios
privados, particulares, mas para serem canais da acção de Deus no meio
dos homens. Podemos observar os vários "anúncios" da parte de Deus,
encontrados no Antigo testamento, nos quais Ele chamou "mediadores, que
recebiam Graças extraordinárias sempre compatíveis com a missão que
deveriam desempenhar para benefício de um povo (Jacob, Gedeão,
Jeremias). Estes homens manifestam assim anúncios de vocações, que
continham algum aspecto do chamado à Maria, mas não todos os aspectos,
porque seu chamado foi essencialíssimo, superando todos os anteriores.
Deus escolhe homens simples para grandiosas missões. O relato da
Anunciação `à Maria deve ser situado em continuidade com a história do
plano salvífico de Deus.
Veja: Lc
1,28b a 30 - Tal saudação traduz o convite a alegrar-se pela escolha
divina de si mesma e de seu povo, o povo de Deus. Os Filhos de Sião são
aqueles resto de Israel, povo humilde e humilhado, mas renovado pelo
Amor de Deus. Segundo documentos do Magistério da Igreja, o termo "Filha
de Sião" realmente é aplicável a Maria: O Salmo 87 diz que Sião se
transformará em "mãe de todas as nações", e Maria realmente se
transformou em "Mãe dos Filhos de Deus". A Expressão "Cheia de Graça"
Substitui o nome de Maria , indica a missão e unção recebida da parte de
Deus: O título anuncia o papel de Maria na história da Salvação, mas
indica que Deus já fez de tal maneira a dispô-la para este papel.
Preparada com a plenitude da Graça para uma missão específica na
Salvação trazida pôr Jesus Cristo, ela é a imagem da actuação criadora
de Deus, santa pôr obra divina, e não pôr simples esforço humano. Maria
não é chamada a ser simplesmente mãe física daquele menino, mas a mãe do
Herdeiro da promessa davídica. Sem dúvida, Maria não sabia, no momento
da Anunciação, todas as modalidades da Obra Redentora. No Antigo
Testamento, várias mulheres estéreis deram milagrosamente à luz seus
filhos predestinados(Que tinham um papel na história da salvação): Gen.
18,11; Jz. 13, 4ss; 1sm 1,11; Gen. 30,23. Quanto a Nossa Senhora , o
milagre foi singular, ultrapassando todas as outras manifestações
milagrosas do AT: A maternidade e a virgindade consagrada são duas
vocações distintas, que Deus conciliou em Maria, não em duas fases, mas
simultaneamente, e perpetuamente. Maria, cuja virgindade se tornou
eloquente na intervenção omnipotente de Deus na historia do homem, é
assim modelo e intercessora das duas vocações: o matrimónio, e a
virgindade consagrada.
"Eis aqui a
serva do Senhor" Maria assume uma posição de PERTENCER ao Senhor, e de
se colocar debaixo da Sua protecção. Ser Serva de Deus significa sempre
Ter um bom Senhor, jamais servidão no sentido negativo. Se Maria é serva
humilde, então lhe resta apenas abrir-se à acção da Palavra de Deus,
como uma israelita fiel, em nome do povo. Maria reconhece a Deus como
autor de toda a obra salvadora que Ele quer realizar pôr ela, e aceita
na fé colaborar, ser mediadora na intervenção divina, como foram no AT
Abraão e Moisés, e as mulheres chamadas a libertar o povo.
A
Anunciação do anjo não se dirige apenas a Maria, mas à humanidade e à
igreja, pôr intermédio de Maria. Dizendo "sim "à maternidade, Maria
disse à obra de seu Filho. Maria, pôr seu sim maternal, comprometeu
realmente a sorte da humanidade. Essa obra salvadora começa a
realizar-se em Maria, pôr sua livre aceitação obediente pôr meio da fé.
É Deus quem será o autor da obra, mas actuará nela. Deus, é o único
autor na obra salvífica. Na concepção de Jesus, Deus quer a livre
aceitação de Maria, para que se veja que cada homem fará sua Salvação
pôr um ato de aceitação livre e pessoal.
A fé de
Maria: É digna de admiração a total disponibilidade e esquecimento de si
que percebemos em Maria. Maria tem consciência da vontade de Deus e se
mantém na simplicidade. Deus é toda a sua riqueza e posse. Ela está
totalmente a serviço da Palavra Criadora de Deus. A fé de Maria é mais
preciosa do que sua maternidade, que é fruto da fé. Pôr isso sua fé,
teve de crescer em meio à escuridão, junto com a experiência do
crescimento do Filho, e à luz da palavra. |