― “Sol
brilhante, sol esplendoroso será aquele que se vai reflectir no mundo. Os homens
não querem deixar reflectir seu brilho. Ai deles, pobres daqueles que se opõem à
frente dos caminhos do Senhor! Jesus todo se consola e alegra nas almas suas
amadas. Jesus todo se delicia no arminho das almas puras. Os raios do amor
divino formam sobre elas uma auréola brilhante e encantadora que atrai a si o
mundo e os corações. Os que se dizem amigos de Jesus não conhecem as almas suas
esposas. Jesus está descontentíssimo com a maior parte dos seus discípulos: não
têm luz, não a procuram, não sabem, não procuram saber. Lançam-se como Satanás a
deitarem por terra as obras do Senhor. Desviam de si as bênçãos divinas e toda a
protecção da Virgem Maria. A Mãezinha celeste está preparada para vir buscar a
sua filhinha para junto de si. O prémio é brilhantíssimo. A dor do Paizinho da
louquinha de Jesus tem dado toda a glória e triunfo ao Céu. Pobres daqueles que
assim o têm feito sofrer. Jesus nada deixa sem recompensa. Jesus dá toda a graça
e amor ao médico da alma e ao médico do corpo da louquinha da Eucaristia. Jesus
será todo e tudo para eles”.
Os homens tornam-me
pesada e triste a minha vida na terra! Oh! Triste não, deixai-me dizer: tudo o
que é suportado por amor de Jesus e das almas, é alegre e consolador! Pobres
daqueles que se opõem contra a vontade de Jesus! Fui subindo, subindo
vagarosamente e muito ferida com os sofrimentos que os homens me inventaram.
Subi e tive que suspender viagem à portinha do Céu. É lá que me encontro parada
há longos dias, aparecendo-me uma entreaberturazinha; compreendi que era a
entrada para o Paraíso. Porém foi tal a prisão que os homens me fizeram, que
tenho que demorar por largo espaço de tempo. Até quando? Só Jesus o sabe. Eu fio
e espero nele. Os meus voos estão presos fortemente e só Jesus os pode
desprender, só Ele pode transformar os corações dos homens que nada compreendem
e não sei o que julgam de mim. É doce amar e seguir a Jesus, mas ai de mim se
Ele me abandona um só momento! Ele deu-me sinal de que tudo na terra estava
completo. Era de noite, mas tenho a certeza de que não dormia e estava em meu
juízo perfeito. Apareceram à minha frente dois Anjos: que belos que eles eram!
Só do Céu podiam vir! Um sustentava nas suas mãozinhas uma cora brilhante e toda
completa, e o outro a par una grande palma de martírio. Tudo isto deu conforto à
minha pobre alma. Animei-me ao ver que Jesus me mostrava, que a minha missão na
terra estaria terminada, mas por mais que me esforçasse por me desprender destas
prisões terrenas, não consigo. Esperarei que que Jesus me solte, pedindo-lhe
sempre por aqueles que me prendem. Pobrezinhos! Não compreendem a grandeza nele
e nas almas. Hei-de sofrer por eles. Se não fossem os sofrimentos causados por
eles, não poderia dar tanta glória a Jesus e salvar-lhe as almas. Que grande dor
ver-me assim tão pertinho do Céu! Querer entrar e não poder! Por vezes me custa
conter as lágrimas. Parece-me morrer de saudades! Na terra não tenho vida, nem
nada que me satisfaça! Só o Céu, só no Céu!... Só o Céu será a minha vida, só no
Céu serão satisfeitas as minhas ânsias! Que belo que ele é! Quisera que todos já
na terra o conhecessem! Pobres daqueles que desprezam a Jesus e seguem a
Satanás.
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