Adriano
nasceu no ano 635 no norte da África e foi baptizado com o nome de
Hadrian. Tinha apenas cinco
anos de idade quando sua família imigrou
para a ci-dade italiana de Nápolis, pouco antes da invasão dos
árabes. Lá estudou no convento dos beneditinos de Nerida, onde se
consagrou sacerdote.
Adriano
se tornou um estudioso da Sagrada Escri-tura, profundo conhecedor de
grego e latim, profes-sor de ciências humanas e teologia. A fama de
sua capacidade e conhecimento chegou ao imperador Constantino II que
em 663 o fez seu embaixador jun-to ao papa Vitalino, função que
exerceu duas vezes. Depois, este papa o nomeou como um dos seus
con-selheiros.
Quando
morreu o bispo da Cantuária, Inglaterra, o papa Vitalino convidou
Adriano para assumir aquele cargo, mas ele recusou a indicação duas
vezes, alegando não ter suficiente competência para ocupar esse
posto. O papa lhe pediu para que indicasse al-guém mais competente,
pois ele mesmo não conhe-cia.
Nesta
ocasião Adriano havia se encontrado com seu grande amigo, o teólogo
grego e monge beneditino Teodoro de Tarso que estava em Roma.
Adriano o indicou ao papa Vitalino. Consultado, Teodoro disse que
estava disposto a aceitar, mas somente se Adria-no concordasse em ir
para a Inglaterra ajudá-lo na missão evangelizadora. Adriano aceitou
de imediato. O papa consagrou Teodoro, bispo da Cantuária e nomeou
Adriano seu assistente e conselheiro, em 668.
Ele
chegou na Inglaterra um ano depois, pois foi detido durante a
viagem, na França sob suspeita que tinha uma missão secreta do
imperador Constantino II, para os reis ingleses, mas foi solto ao
atestarem a sua integridade de sacerdote.
Adriano
e Teodoro foram evangelizadores altamente bem sucedidos, junto ao
povo inglês cuja maioria era pagã. O bispo Teodoro, logo colocou
Adriano como abade do convento beneditino de São Pedro, depois
chamado de Santo Agostinho, na Cantuária. Sob sua liderança, esta
escola se tornou um centro de apren-dizagem e formação de clérigos
para a Igreja dos povos anglicanos.
Adriano
viveu neste país durante trinta e nove anos, totalmente dedicados ao
serviço da Igreja. Nele os ingleses encontraram um pastor cheio de
sabedoria e piedoso, um verdadeiro missionário e instrumento de
Deus. Muitos se iluminaram com os seus exemplos de vida
profundamente evangélica.
Morreu
em 9 de janeiro de 710, foi enterrado no cemitério daquele convento,
na Inglaterra. A sua sepultura se tornou um lugar de graças,
prodígios e peregrinação. Em 1091, o seu corpo foi encontrado
incorrupto e trasladado para a cripta da igreja do mesmo convento.
Adriano foi proclamado Santo pela Igreja, que o festeja no dia em
que morreu.
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