Adelaide nasceu no ano 960 era filha dos célebres condes de Geldern,
na Alemanha. Seus pais, muito religiosos, tiveram mais duas filhas e
um filho. Uma das suas irmãs entrou para o convento de Santa Maria,
em Colónia, e Adelaide foi para o de Santa Úrsula, também na mesma
cidade. Ambas foram eleitas abadessas por suas respectivas
comunidades religiosas.
Quando o filho, único homem morreu, seus pais construíram uma igreja
e um convento em Vilich, do qual Adelaide tornou-se a abadessa. Sua
origem nobre e sua conversão atraíram muitas outras jovens para o
convento. Ali se vivia a mesma caridade que Adelaide praticara em
sua casa. Usou sua parte na fortuna da família para fazer caridade
aos po-bres e doentes, que recolhia no convento. Quase duas dezenas
de mendigos eram ali socorridas todos os dias, nos horários das
refeições. Mas não recebiam esmola, eram aten-didos como convidados
pessoais da abadessa. Quando a fome assolou a cidade de Vilich, seu
convento salvou muita gente da morte.
Após
o falecimento de sua irmã, Adelaide foi transferida para o convento
que ela dirigia, em Colónia, e lá morreu, na tranquilidade da
comunidade que tão bem governou, em 5 de fevereiro de 1015.
Constatamos nos registros da Igreja e nas narrativas da tradição que
a abadessa Adelaide operou vários prodígios e graças em vida, como,
por exemplo, quando fez um menino paralítico recuperar a capacidade
de andar, com o fervor de suas orações.
O seu
nome de origem germânica quando traduzido para o latim se torna
Alice. Por isso ela é invocada como Santa Ade-laide de Vilich ou
Alice de Vilich, cujo culto de muita devoção se mantém constante e
intenso entre os fiéis no mundo cristão. Notadamente pelo uso da
dupla forma do seu nome ao longo dos séculos, que a torna protectora
das pessoas e lugares, fortalecendo ainda mais a tradição do seu
exemplo de santidade, ainda em vida. |